sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Pequenos prazeres

Estou há três anos no Rio. Devo ir a Curitiba na próxima semana e escolhi chegar numa quarta-feira porque estou com muita, muita saudade da costelinha da Bica!!! Não se pode ter tudo, e em cada lugar a gente deixa coisas que sentimos falta e o lance é ir se virando como pode. Explico: a costelinha é simplemente demais e não há nada parecido em lugar nenhum! A tal família abriu um bareco na garagem de casa que tinha uma churrasqueira, o marido fazia as costelinhas de porco na brasa, de um jeito mega especial e a mulher fazia um aipim cozido que sóporDeus!! Aí a coisa foi crescendo porque quando a coisa é boa, todo mundo fica sabendo, que eles resolveram mudar para um lugar um pouco maior, não muito, pois poderia perder o charme. E agora funcionam num lugar simples e a comida é das melhores! Só que só tem na quarta, portanto vou matar trabalho por causa desse capricho. Essas horas...


Outra coisa que pensei ontem foi o pastel da Comendador. Gente, o que é aquele pastel?? Tudo bem é hora do almoço, talvez por isso eu esteja pensando tanto em comida, mas parece que a tradição de pastéis em Curitiba é maior do que aqui no Rio. Ainda não vi uma pastelaria daquelas que ENTOPE de recheio com a massa fina e crocante! E o sabor também não é igual, o meu preferido é carne, ovo e queijo. Aqui se tem ovo não tem queijo, se tem queijo não tem carne e assim vai...


Mas depois da comida, a malhação para tirar o peso da consciência (e do corpinho)! Aproveitando o ensejo da Mrs.Quasímodo, também vou matar as saudades da academia que frequentei por quase 6 anos!


Bem, de eventos acho que é isso! Família, amigos nem comenta-se, porque a saudade é permanente, iminente e inexorável!


segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Feliz!!

Hoje é meu dia!
E para variar mil coisas passam pela minha cabeça. Estou completando 33 anos de idade. A primeira pergunta é: estou onde eu queria estar? A resposta é certamente positiva. Tenho uma vida boa, independente, um gatinho lindo que me faz as vontades e me ama, uma família maravilhosa, que deixou na saudade da minha mãe um braço a mais para a hora que eu precisar, um carrinho que me leva pra lá e pra cá, amigos que são a essência dessa vida. Um salário que me... bem, deixa essa história pra lá por enquanto....
Por hora, é comemorar, segunda-feira chuvosa, mas é a primavera chegando, regando a terra para a boa fertilidade da época.
É, pensando assim, sempre seremos mais felizes.
Sim, é um feliz aniversário!
As questões sempre existirão e as respostas, infelizmente, não.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Sra. Quasímodo

Verão se aproximando, a correria para as academias recomeçando. Eu sempre malhei, na verdade, sou adepta e me sinto muito melhor mexendo o 'corpitcho'. É incrível o bem estar que a tal endorfina proporciona. Se as pessoas conseguissem agüentar mais tempo na academia/esporte/whatever para perceber isso, certamente viveriam melhor, saindo do perigoso sedentarismo. Mas com a minha viagem chegando, deixei de freqüentar a academia em meados de julho, voltei de viagem em meados de agosto e esta semana resolvi retornar à malhação, almejando o corpo versão verão carioca 2009.

Beleza, me considero magra, não tenho tendência a engordar, apesar de que os anos vão passando e a gente vai sentindo a diferença, dizem que ganhamos um quilo por década em cima do nosso peso normal. Parece fazer sentido. Mesmo assim, sempre achei que estava bem, comparando looking around, para os meus 3.3 total flex sendo completados em duas semanas. Pernas bem torneadas, pouca celulite, músculo do tchau em dia. Enfim, como tudo é relativo, surpreendi-me com o resultado do exame/avaliação física feito para ingressar na nova academia.

Descobri que estou:

Gorda
Torta
Corcunda
E velha

E eu jurava que era bonitinha...

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

If it’s bitter at the start, than it’s sweeter in the end!

Fiquei pensando o porquê de alguns ícones da música, cinema e afins causam tanto furor em nós, pobres mortais. O que acontece por trás desses trabalhos que ouvimos e amamos, meio sem saber por quê. Sim estou falando de Madonna, meu único ídolo – além de pai e mãe, que não conta – nesse mundo.

Mas começo remetendo a um fato passado. Muito passado. Lembrei dos Menudos. Era uma fissura tão grande, um aperto no coração inexplicável e ininteligível a uma menina de 11 anos. Eu lembro que pegava aquele disco Menudomania, que tinha ‘Não se Reprima’ e ficava beijando na boca do Robby que nem uma louca-esquizofrênica petit, meu coração derretia e doía, sonhando que um dia eu me casaria com ele. Santa ingenuidade, Batman! Mas aquele sentimento era tão forte que parecia fazer sentido no fundo da minha pequena alma. Depois, eu era lou-ca pelo Morten Harten do A-ha. Eu gravei e ficava babando na frente da TV naquele clip de Touch, almejando ser uma daquelas garotas de biquíni que eram paqueradas pelos três.

Bem, claro que no acima exposto entra uma fixação sexual também, paixão avassaladora. No caso de Madonna é um pouco diferente. Nunca quis beijá-la na boca, apesar de que se ela me catasse como fez com a Britney e a Christina eu beijava mesmo, pronto, falei. Mas o fato é que desde que me conheço por pré-adolescente, lembro-me dançando Material Girl com um pandeirinho fake, de novo na frente da TV. Usando legging por baixo de mini-saias e crucifixos no pescoço. Aí eu queria era SER ela. Eu e milhões de garotas e 'gayrotos' no mundo todo.

Em 1993, eu quase perdi meu emprego por conta do Girlie Show, que foi em plena quarta-feira em São Paulo. E minha dignidade por conta do cheque sem fundo que passei para comprar os ingressos. Por uma incrível peça do destino, eu trabalhava numa empresa importadora de carros e havia uma cliente paulista que fora buscar sua linda Cherokee naquele sábado. Uma de minhas colegas tinha parentes e namorado em SP. Não hesitei ao convite repentino de seguir rumo ao litoral paulista conhecer novos lugares. Chegando lá, eram notáveis as chamadas em torno do show mais esperado do ano (vida?). Propagandas e reportagens all over os veículos de comunicação. Na terça – feriado de finados – estava programada nossa volta, mas como voltar, sabendo que a Rainha JÁ se encontrava na cidade? Liguei para o meu chefe, disse que havia ganhado os ingressos e que infelizmente, ele teria que entender, pois eu faltaria ao trabalho na quarta (e possivelmente na quinta) para ir ao show. Claro que ele disse que se eu não aparecesse no escritório na quarta, estaria demitida. Claro que eu não me importei, afinal com 18 anos, nada nessa vida é definitivo. Então no dia 03 de novembro de 1993, estávamos eu e minha amiga, perdidas ao redor do Morumbi, sem ingresso, sem dinheiro, mas com muita, muita vontade. Conseguimos comprar dois ingressos para arquibancada de uma mulher que iria na pista que, na super confiança, aceitou meu pobre cheque do Banestado. Entramos naquele estádio gigante e aí foi só alegria. Quem viu, viu!

Agora, 15 anos depois, esses milhões de fãs só se multiplicaram, levando em consideração que de lá para cá poucos morreram, milhares nasceram e hoje com 13-14-15 anos já são súditos da Rainha.

E então o caos. A incerteza de não ter o ingresso. Pane no sistema, fui ao Maraca, mas tudo tem limite. Depois de 40 minutos numa fila imensa que não andava, fui embora, indignada, perplexa, mas com uma esperança de que ainda havia uma esperança (?). Quando cheguei em casa da faculdade, liguei o computador por desencargo de consciência. Entre com sua senha. Escolha seu ingresso. Confirme seu pedido. Entre com os dados de seu cartão. Parabéns. Parabéns?? PARABÉNS!!!! Sim, sim, God save the Queen! Eu consegui ingressos para ver a Rainha novamente, no meio da multidão!

Feliz da vida por um lado, e triste por saber que infelizmente no Brasil tudo para o povo é tão difícil, tão complicado e uma coisa que deveria ser PURA diversão deixou tanta gente doente, mal, dormindo no chão, sofrendo abusos de cambistas, violências de outras formas que só entristecem. Tomara que chegue aos ouvidos de Madonna, mesmo que ela nada possa fazer. E torço muito também para que a empresa Time for Fun, tenha aprendido que a Rainha tem muitos súditos no Brasil, então que em quatro meses, desfaça essa imagem podre que conquistou em um dia e que apresente uma estrutura digna que agüente a multidão de loucos como eu, que sem saber o porquê, idolatram essa figura louca como todos nós.



They got FOUR MONTHS to save the world!

terça-feira, 2 de setembro de 2008

And I am walking in London!

Eu só conseguia pensar nessa trilha sonora, música do Concrete Blonde, quando desembarquei na metrópole do meu sonho. Sim, esse era o MEU sonho. Estudei inglês numa escolinha inglesa em Curitiba, cujas donas eram de Cambridge, os livros era ingleses e todas as histórias remetiam àquela Londres imaginária a uma criança de 10 anos. Aprendi o sotaque, depois desvirtuado graças ao cinema e às musicas americanas, mas a essência britânica estava ali, visando um dia olhar de frente para o Big Ben.

E de repente: o BIG BEN!! Chegamos em Stansted de Amsterdam. 15 minutos na alfândega respondendo perguntas de um agentezinho lorinho, parecendo mais o Jamie Oliver de uniforme e se achando o ‘barrador’ de brasileiros vindo muito loucos de Amsterdam. Bobagem! Conversei com ele super na boa e garanti meu vistinho de turista por 6 meses. Trem e metrô depois – básico – chegamos na moderníssima e balada Candemtown, bairro alternativo-maneírissimo de Londres onde morava nosso cicerone, agora amigo, bem como a caidaça Amy Winehouse, nossa vizinha.

Londres é MEGA. É Moderna, muita gente, gente diferente, cores diferentes, ônibus enormes, metrôs lotados numa sinfonia louca sem fim. Diferente de tudo até agora visto e vivido, haja mais fôlego para viver mais 4 dias nessa cidade louca e corrida. Lembra um pouco São Paulo pela vida 24 horas. Viramos locais em 6. Soho, underground, ônibus 24, Leicester Square, fish and chips, pints e pints de morango, pounds, cheap drinks por £1,50, Blur, Cake, carros ao contrário, táxis com salão de festas, festas, amigos das antigas, Mme.Tussaud, ídolos de cera, mico no museu, rehab, uma praia inglesa, festinha, DJ amigo, London Eye na faixa, frio e vento, Buckingham, Hayden Park, Harolds, BIG BEN all the time, wherever you are.

Yes, I’m walking in London!!

Londres é isso, não respire ou você não terá tempo de ver tudo e curtir tudo que aparece. Me senti velha no sábado, nossa última noite na Europa e eu declinei da ida à boate badalada com os amigos, por simplesmente atender ao chamado do meu corpinho que dizia NOOOUU em sotaque britânico!

Mas valeu tudo, vi tudo que tinha que ver e deixei pra ver mais na próxima, afinal Londres é uma cidade que merece ser freqüentada, para sentir sempre que podemos ser exatamente quem somos.

Menos na alfândega, que temos que fingir ser turistas apenas, por mais que Londres convide a muito mais que isso!