sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Pense verde!


Uou! Duas semanas depois e dois dias antes, volto para escrever sobre política. Érguiti né? Mas na verdade, quero apenas comentar sobre um sentimento raríssimo atualmente, justamente oposto a esse nojinho que dá quando pensamos na palavra política.

Eu já havia me convertido a apolítica. É tanta sujeira, tanta sacanagem, tanto podre, que embrulha o estômago mesmo só de pensar. Não transferi meu título para o Rio, justamente para apenas justificar que não quero votar em ninguém, ninguém merece meu voto.

Como a Lei de Murphy me persegue, deparo-me nas eleições para prefeito do Rio de Janeiro - cidade que eu amo e que nos adotamos mutuamente - com um sentimento há muito tempo não sentido numa eleição: ESPERANÇA.

Já postei vários textos no blog sobre o quanto amo o Rio e o quanto o Rio está abandonado. De repente, neste segundo turno, GABEIRA avança e traz a promessa de que algo de bom pode vir para essa cidade maravilhosa. Senti novamente que há esperança, que há chance de se mudar as coisas; que não devemos aceitar o jeito que está. Enfim, voltei a acreditar nos homens, na possibilidade de mudança para melhor.

Ainda não sei o que vai acontecer. Ninguém sabe, há empate técnico. Não voto no Rio, mas estou fazendo campanha.. Esse é meu modo de contribuir de alguma forma para essa mudança na qual acredito. Domingo será um dia de aflição e torcida, como há muito tempo não se via.

O Rio precisa mudar, torço para que de uma forma ou de outra isso aconteça, independentemente de quem vença.

Mas minha torcida se reforça a partir de hoje para as coisas se tornem mais transparentes, mais justas e mais verdes!

Viva GABEIRA!


sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Mais uma fase?

Nossa! Concluindo a segunda semana do mês de outubro e mais nada a dizer? É incrível porque às vezes parece que eu esqueço que tenho blog...
As notícias não andam lá muito boas, e não gosto de ficar só na lua nova.
Queria ser sempre cheia, mas nem a "lua oficial" é assim, portanto calo-me. Por isso que são fases. Sempre passam. Sempre melhoram, sempre pioram, sempre melhoram.
Como diz a máxima da crise mundial: Tudo vai piorar antes de melhorar.
Talvez esse seja o caminho.
Talvez não.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Pequenos prazeres

Estou há três anos no Rio. Devo ir a Curitiba na próxima semana e escolhi chegar numa quarta-feira porque estou com muita, muita saudade da costelinha da Bica!!! Não se pode ter tudo, e em cada lugar a gente deixa coisas que sentimos falta e o lance é ir se virando como pode. Explico: a costelinha é simplemente demais e não há nada parecido em lugar nenhum! A tal família abriu um bareco na garagem de casa que tinha uma churrasqueira, o marido fazia as costelinhas de porco na brasa, de um jeito mega especial e a mulher fazia um aipim cozido que sóporDeus!! Aí a coisa foi crescendo porque quando a coisa é boa, todo mundo fica sabendo, que eles resolveram mudar para um lugar um pouco maior, não muito, pois poderia perder o charme. E agora funcionam num lugar simples e a comida é das melhores! Só que só tem na quarta, portanto vou matar trabalho por causa desse capricho. Essas horas...


Outra coisa que pensei ontem foi o pastel da Comendador. Gente, o que é aquele pastel?? Tudo bem é hora do almoço, talvez por isso eu esteja pensando tanto em comida, mas parece que a tradição de pastéis em Curitiba é maior do que aqui no Rio. Ainda não vi uma pastelaria daquelas que ENTOPE de recheio com a massa fina e crocante! E o sabor também não é igual, o meu preferido é carne, ovo e queijo. Aqui se tem ovo não tem queijo, se tem queijo não tem carne e assim vai...


Mas depois da comida, a malhação para tirar o peso da consciência (e do corpinho)! Aproveitando o ensejo da Mrs.Quasímodo, também vou matar as saudades da academia que frequentei por quase 6 anos!


Bem, de eventos acho que é isso! Família, amigos nem comenta-se, porque a saudade é permanente, iminente e inexorável!


segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Feliz!!

Hoje é meu dia!
E para variar mil coisas passam pela minha cabeça. Estou completando 33 anos de idade. A primeira pergunta é: estou onde eu queria estar? A resposta é certamente positiva. Tenho uma vida boa, independente, um gatinho lindo que me faz as vontades e me ama, uma família maravilhosa, que deixou na saudade da minha mãe um braço a mais para a hora que eu precisar, um carrinho que me leva pra lá e pra cá, amigos que são a essência dessa vida. Um salário que me... bem, deixa essa história pra lá por enquanto....
Por hora, é comemorar, segunda-feira chuvosa, mas é a primavera chegando, regando a terra para a boa fertilidade da época.
É, pensando assim, sempre seremos mais felizes.
Sim, é um feliz aniversário!
As questões sempre existirão e as respostas, infelizmente, não.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Sra. Quasímodo

Verão se aproximando, a correria para as academias recomeçando. Eu sempre malhei, na verdade, sou adepta e me sinto muito melhor mexendo o 'corpitcho'. É incrível o bem estar que a tal endorfina proporciona. Se as pessoas conseguissem agüentar mais tempo na academia/esporte/whatever para perceber isso, certamente viveriam melhor, saindo do perigoso sedentarismo. Mas com a minha viagem chegando, deixei de freqüentar a academia em meados de julho, voltei de viagem em meados de agosto e esta semana resolvi retornar à malhação, almejando o corpo versão verão carioca 2009.

Beleza, me considero magra, não tenho tendência a engordar, apesar de que os anos vão passando e a gente vai sentindo a diferença, dizem que ganhamos um quilo por década em cima do nosso peso normal. Parece fazer sentido. Mesmo assim, sempre achei que estava bem, comparando looking around, para os meus 3.3 total flex sendo completados em duas semanas. Pernas bem torneadas, pouca celulite, músculo do tchau em dia. Enfim, como tudo é relativo, surpreendi-me com o resultado do exame/avaliação física feito para ingressar na nova academia.

Descobri que estou:

Gorda
Torta
Corcunda
E velha

E eu jurava que era bonitinha...

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

If it’s bitter at the start, than it’s sweeter in the end!

Fiquei pensando o porquê de alguns ícones da música, cinema e afins causam tanto furor em nós, pobres mortais. O que acontece por trás desses trabalhos que ouvimos e amamos, meio sem saber por quê. Sim estou falando de Madonna, meu único ídolo – além de pai e mãe, que não conta – nesse mundo.

Mas começo remetendo a um fato passado. Muito passado. Lembrei dos Menudos. Era uma fissura tão grande, um aperto no coração inexplicável e ininteligível a uma menina de 11 anos. Eu lembro que pegava aquele disco Menudomania, que tinha ‘Não se Reprima’ e ficava beijando na boca do Robby que nem uma louca-esquizofrênica petit, meu coração derretia e doía, sonhando que um dia eu me casaria com ele. Santa ingenuidade, Batman! Mas aquele sentimento era tão forte que parecia fazer sentido no fundo da minha pequena alma. Depois, eu era lou-ca pelo Morten Harten do A-ha. Eu gravei e ficava babando na frente da TV naquele clip de Touch, almejando ser uma daquelas garotas de biquíni que eram paqueradas pelos três.

Bem, claro que no acima exposto entra uma fixação sexual também, paixão avassaladora. No caso de Madonna é um pouco diferente. Nunca quis beijá-la na boca, apesar de que se ela me catasse como fez com a Britney e a Christina eu beijava mesmo, pronto, falei. Mas o fato é que desde que me conheço por pré-adolescente, lembro-me dançando Material Girl com um pandeirinho fake, de novo na frente da TV. Usando legging por baixo de mini-saias e crucifixos no pescoço. Aí eu queria era SER ela. Eu e milhões de garotas e 'gayrotos' no mundo todo.

Em 1993, eu quase perdi meu emprego por conta do Girlie Show, que foi em plena quarta-feira em São Paulo. E minha dignidade por conta do cheque sem fundo que passei para comprar os ingressos. Por uma incrível peça do destino, eu trabalhava numa empresa importadora de carros e havia uma cliente paulista que fora buscar sua linda Cherokee naquele sábado. Uma de minhas colegas tinha parentes e namorado em SP. Não hesitei ao convite repentino de seguir rumo ao litoral paulista conhecer novos lugares. Chegando lá, eram notáveis as chamadas em torno do show mais esperado do ano (vida?). Propagandas e reportagens all over os veículos de comunicação. Na terça – feriado de finados – estava programada nossa volta, mas como voltar, sabendo que a Rainha JÁ se encontrava na cidade? Liguei para o meu chefe, disse que havia ganhado os ingressos e que infelizmente, ele teria que entender, pois eu faltaria ao trabalho na quarta (e possivelmente na quinta) para ir ao show. Claro que ele disse que se eu não aparecesse no escritório na quarta, estaria demitida. Claro que eu não me importei, afinal com 18 anos, nada nessa vida é definitivo. Então no dia 03 de novembro de 1993, estávamos eu e minha amiga, perdidas ao redor do Morumbi, sem ingresso, sem dinheiro, mas com muita, muita vontade. Conseguimos comprar dois ingressos para arquibancada de uma mulher que iria na pista que, na super confiança, aceitou meu pobre cheque do Banestado. Entramos naquele estádio gigante e aí foi só alegria. Quem viu, viu!

Agora, 15 anos depois, esses milhões de fãs só se multiplicaram, levando em consideração que de lá para cá poucos morreram, milhares nasceram e hoje com 13-14-15 anos já são súditos da Rainha.

E então o caos. A incerteza de não ter o ingresso. Pane no sistema, fui ao Maraca, mas tudo tem limite. Depois de 40 minutos numa fila imensa que não andava, fui embora, indignada, perplexa, mas com uma esperança de que ainda havia uma esperança (?). Quando cheguei em casa da faculdade, liguei o computador por desencargo de consciência. Entre com sua senha. Escolha seu ingresso. Confirme seu pedido. Entre com os dados de seu cartão. Parabéns. Parabéns?? PARABÉNS!!!! Sim, sim, God save the Queen! Eu consegui ingressos para ver a Rainha novamente, no meio da multidão!

Feliz da vida por um lado, e triste por saber que infelizmente no Brasil tudo para o povo é tão difícil, tão complicado e uma coisa que deveria ser PURA diversão deixou tanta gente doente, mal, dormindo no chão, sofrendo abusos de cambistas, violências de outras formas que só entristecem. Tomara que chegue aos ouvidos de Madonna, mesmo que ela nada possa fazer. E torço muito também para que a empresa Time for Fun, tenha aprendido que a Rainha tem muitos súditos no Brasil, então que em quatro meses, desfaça essa imagem podre que conquistou em um dia e que apresente uma estrutura digna que agüente a multidão de loucos como eu, que sem saber o porquê, idolatram essa figura louca como todos nós.



They got FOUR MONTHS to save the world!

terça-feira, 2 de setembro de 2008

And I am walking in London!

Eu só conseguia pensar nessa trilha sonora, música do Concrete Blonde, quando desembarquei na metrópole do meu sonho. Sim, esse era o MEU sonho. Estudei inglês numa escolinha inglesa em Curitiba, cujas donas eram de Cambridge, os livros era ingleses e todas as histórias remetiam àquela Londres imaginária a uma criança de 10 anos. Aprendi o sotaque, depois desvirtuado graças ao cinema e às musicas americanas, mas a essência britânica estava ali, visando um dia olhar de frente para o Big Ben.

E de repente: o BIG BEN!! Chegamos em Stansted de Amsterdam. 15 minutos na alfândega respondendo perguntas de um agentezinho lorinho, parecendo mais o Jamie Oliver de uniforme e se achando o ‘barrador’ de brasileiros vindo muito loucos de Amsterdam. Bobagem! Conversei com ele super na boa e garanti meu vistinho de turista por 6 meses. Trem e metrô depois – básico – chegamos na moderníssima e balada Candemtown, bairro alternativo-maneírissimo de Londres onde morava nosso cicerone, agora amigo, bem como a caidaça Amy Winehouse, nossa vizinha.

Londres é MEGA. É Moderna, muita gente, gente diferente, cores diferentes, ônibus enormes, metrôs lotados numa sinfonia louca sem fim. Diferente de tudo até agora visto e vivido, haja mais fôlego para viver mais 4 dias nessa cidade louca e corrida. Lembra um pouco São Paulo pela vida 24 horas. Viramos locais em 6. Soho, underground, ônibus 24, Leicester Square, fish and chips, pints e pints de morango, pounds, cheap drinks por £1,50, Blur, Cake, carros ao contrário, táxis com salão de festas, festas, amigos das antigas, Mme.Tussaud, ídolos de cera, mico no museu, rehab, uma praia inglesa, festinha, DJ amigo, London Eye na faixa, frio e vento, Buckingham, Hayden Park, Harolds, BIG BEN all the time, wherever you are.

Yes, I’m walking in London!!

Londres é isso, não respire ou você não terá tempo de ver tudo e curtir tudo que aparece. Me senti velha no sábado, nossa última noite na Europa e eu declinei da ida à boate badalada com os amigos, por simplesmente atender ao chamado do meu corpinho que dizia NOOOUU em sotaque britânico!

Mas valeu tudo, vi tudo que tinha que ver e deixei pra ver mais na próxima, afinal Londres é uma cidade que merece ser freqüentada, para sentir sempre que podemos ser exatamente quem somos.

Menos na alfândega, que temos que fingir ser turistas apenas, por mais que Londres convide a muito mais que isso!



sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Francês, flamengo, holandês, inglês e PORTUGUÊS

Declaração de amor
'Esta é uma declaração de amor; amo a língua portuguesa. Ela não é fácil. Não é maleável. E, como não foi profundamente trabalhada pelo pensamento, a sua tendência é a de não ter sutilezas e de reagir às vezes com um pontapé contra os que temerariamente ousam transformá-la numa linguagem de sentimento e alerteza. E de amor.
Às vezes ela reage diante de um pensamento mais complicado. Às vezes assusta com o imprevisível de uma frase. Eu gosto de manejá-la como gostava de estar montada num cavalo e guiá-lo pelas rédeas, às vezes lenatamente, às vezes a galope.
Se eu fosse muda, e também não pudesse escrever, e me perguntassem a que língua eu queria pertencer, eu diria: inglês, que é preciso e belo. Mas como não nasci muda e pude escrever, tornou-se absolutamente claro para mim que eu queria mesmo era escrever em português. Eu até queria não ter aprendido outras línguas: só para que a minha abordagem de português fosse virgem e límpida.
EU PENSO E SINTO SÓ EM PORTUGUÊS, e só esta língua penosa e terrível me satisfaria.
A linguagem está descobrindo o nosso pensamento, o nosso pensamento está formando uma língua que se chama literária e que eu chamo de LINGUAGEM DE VIDA.
Com as palavras a gente tem que tomar cuidado. No primeiro encontro nos libertam, depois nos aprisionam. Parecem-se com certo tipo de amor. As palavras, repito, têm caráter ambíguo, sendo veneno e remédio podem nos dar prisão ou libertar...
Viver é também arte de lidar com as palavras. E como já disse alguém: AS PALAVRAS SÃO CAMINHOS PARA ENCONTRAR AS COISAS PERDIDAS.'

Clarice Lispector

Lindo não? É por isso que eu escrevo.
Calma que ainda falta LONDRES!
Em português.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Yes, I AM!!




Bem, falar de Amsterdam sem chocar é um pouco difícil. A cidade é meiga com suas casinhas baixinhas e coloridinhas, muitas florzinhas no verão, os canaizinhos fofos a cada quadra, com pontezinhas de brinquedo ligando uma esquina a outra. Sim, poderia chamar Amsterdamzinha de tão fofinha que a cidade é.

Por outro lado, Amsterdamzinha é conhecida por sua extrema liberdade, ou liberalidade. A cidade é pequena. Não tinha muita gente. É um pântano, aterrado pelos vickings das antigas, que não podiam viver em terra firme. Sem muita agricultura, apesar de ótimas vacas na pecuária voltada para a produção de laticínios. Sim a Holanda também tem ótimos chocolates, iogurtes e tudo que é derivado de leite. Aí eles resolveram – espertos – ir liberando o que o mundo – hipócrita – considera ilegal, imoral, mas consome a se esbaldar. Sexo e drogas. Enquanto todos os países do mundo proíbem e estimulam a violência através de proibições burras, os holandeses pegaram a coisa no ar. Se não há como evitar, vamos cobrar – e caro – por isso. Foram lá, pensaram em como seria, criaram leis e estão cagando dinheiro com o consumo de drogas e o sexo libertas quae sera tamen. O Red Light District é um barato, várias ‘coisas’ na vitrine (sim, coisas, porque há maluco para tudo nesse mundo, e de repente parece que entramos pelo lado soldè do bairro...) Quer trepar? Olha as vitrines, escolhe o que comer, entra e alivia a testosterona. Simples assim. Por que não? Todos são grandinhos, estão ganhando para isso e cada um sabe o que é bom para si.

As drogas são liberadas moderadamente, não as mais pesadas, que destroem ou causam mal ao comum, mas as que não fazem com que o viciadinho se mate ou mate alguém. Marihuana e alguns tipos de LSD e cogumelos. Contaram a história de uma garota que se jogou num canal, depois de ter consumido um (ou vááários) magic mushroom. Mas sempre tem imbecis que não sabem aproveitar a coisa... Eles estão repensando as leis e talvez proíbam os tais. Aí você passeia por Amsterdam e vê a tranqüilidade, não há violência, assaltos, ninguém muito loco andando pelas ruas, apenas aquela ‘maresia, sente a maresia’, que fez o índio fumar o cachimbo da paz. Tem até o Museu da Marihuana, onde é tudo explicitado CLARAMENTE, sem puxar a brasa para nenhuma sardinha, mas reafirma que a verdinha é muito mais eficiente que muito remédio vendido por aí na legalidade.

O holandês é uma língua terrível, não tem nada a ver com nada do que já vimos antes, a única coisa que pudemos peerceber é que eles aadoram duas voogais iguaais juntaas.



No mais, é passar num coffeeshop e sair andando – a pé, de bike ou de tram – por essas ruazinhas fofas, parar nos parques fofos e desfrutar da calmaria que as águas trazem a este pedaço de terra, abaixo do nível do mar. Mas acima do nível dos homens!

Ameisterdam!!!



quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Um porre em Bruxelas!

Paris acabou. Agora que entendemos seu povo, seu cheiro, quer dizer, seu jeito, seu metrô, seu dinheiro, sua cultura. Ótimo! Trem adentro, rumo a Bruxelas, capital da União Européia, meio capital do mundo.

Torcendo por um guarda volumes que se preste, desembarcamos em Bruxelles Midi, ao centro deste país pequeno mas grande representante de muitas coisas. Um dia somente para conhecer, olhar, tomar as famosas bières belgas e provar o famoso chocolate. Porque para quem não sabe (eu não sabia) os melhores chocolates do mundo são os belgas e não os suíços, como se pensa.

Pequenas impressões: Bruxelas cheira a chocolate! É delicioso o cheiro que se sente o tempo todo, caminhando por suas ruelas ou grandes avenidas.

Nosso propósito neste pequeno reino era claro: cervejas belgas. Todas as possíveis em 6 horas, nosso tempo na cidade.


Caminhamos pela Grand Place, nome já diz, é a praça principal de Bruxelas, onde fica a prefeitura inclusive. Fomos ver o Manneken-pis, que acho que significa ‘garotinho mijando’, ponto turístico e inacreditável, uma estátua petit (bem petit) de um garotinho fazendo xixi. Dizem que representa para Bruxelas o mesmo que o Cristo representa paro Rio de Janeiro. Começou na idade média, quando ali era somente uma fonte, e o escultor Jerome Duquesnoy fez a estátua do menino para embelezar o local. A estátua volta e meia está vestida, representando alguma festividade e não foi diferente quando estivemos lá. Uma mistura de Papai Noel com Saci Pererê. Dizem que o moleque tem mais de 600 peças de roupa!! Materialista!!


Depois sentamo-nos num dos vários restaurantes da Grand Place para almoçar e degustar bières! Três de uma vez. Uma normal, clara, porém de trigo. Uma escura e outra Kriek, de cereja. Sim, uma cerveja deliciosa de cereja! Cerveja... cereja... porque não? Depois cada um de nós escolheu a sua preferida – a minha foi a escura – e tomamos mais uma. Mais passeios, mais bières! Paramos num mercado petit que tinha vááárias na prateleira. Um sonho para uma cervejeira como eu. Pedi à moça que falava um misto de flamengo e francês – ambas línguas oficiais da Bélgica – a mais forte. Ela me recomendou a Ximei, encorpada, com 9% de graduação alcoólica. Perfeita para o pouco tempo que tínhamos. Passeios e bières depois, paramos num bar com a bandeira do movimento gay na frente, o que chamou atenção do meu amigo e companheiro de viagem. Paremos e experimentemos outra bière. Mais passeio e passamos na frente de outro bar onde um casal ensaiava a apresentação para a noite e nos convidou a entrar, o que nos convidou a novas bières. Ótimo desfecho para um dia de Bruxelas, onde chegamos de manhã, almoçamos, passeamos de tarde e pegamos uma noitada (às 5 PM) antes de voltar ao rumo - bêbados de cerveja belga - para dormirmos em Amsterdam.

Bruxelas cheira a chocolate, mas tem gosto de bière! Santé!

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Paris... ah Paris....


Paris é sonho, sonho que parece inalcançável até chegar lá, olhar pra torre e dizer: Oui, Je suis ici!!

Foi esta minha sensação após trocentas horas de vôo, sai do avião, pega 20 kg de bagagem, pega o RER, linha 2, desce em Gare Du Nord, compra a Carte Orange, estuda as linhas de metrô, pega o metrô, desce na estação pré-estudada. Pega a escada rolante, sai da estação pela "portinha Harry Potter", respira o ar de Paris, olha pra cima e lá está ela. A Torre Eiffel! Ou um pedaço dela que conseguimos avistar do ponto onde estávamos. Ainda não totalmente no espírito francês, tomamos um banho e seguimos rumo aquele sonho de metal de 300m. Vinho Bordeaux e um bom queijo embaixo do braço, nos deparamos com o gramado verde e extenso do Champs de Mars, aos pés daquela construção tamanha e meio nonsense (opinião da autora), mas que representa todo o sonhado até então.

Paris é sonho! É uma festa. É linda, nas suas cores pastéis, seus castelos e palácios imponentes como sua história. Ruas largas e prédios baixos. Arquitetura antiga e bela compondo vários pontos já imaginados, estudados, assistidos pela TV. Chegar às margens do Sena, olhar para o Louvre, avistar o Arco do Triunfo ao longe no meio das grandes avenidas. Cada vez mais afirmando a realidade que estávamos vivendo. Sim, estamos em Paris.

Franceses mal-humorados, franceses maravilhosos, não há regras para se definir quando nossa energia atrai coisas boas. Ganhamos bières, taxi, ótimas conversas com o povo conhecido pela rispidez, nesse mundo. Os franceses são ótimos anfitriões, pelo menos conosco foram os melhores! Não, o pior da França não são os franceses, mas o cheiro deles... quando a eau de parfum não se impõe, entende-se a fama. Mas isso é apenas um detalhe, percebido dentre tantos. Outro é que as francesas são propositalmente descabeladas e over maquiadas. Pequenas impressões, apenas.

Au revoir, Paris! Certamente te vejo em breve, pois a cidade convida a muitas outras aventuras. Saudades desde sempre, de tudo e de tudo que eu ainda não vi!

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Sem aviso

(Maria Rita)

anda
tira essa dor do peito, anda
despe essa roupa preta e manda
seu corpo deslembrar
canta
vira a dor pelo avesso, canta
larga essa vida assim às tontas
Deixa esse desenganar
calma
dê o tempo ao tempo, calma
alma
põe cada coisa em seu lugar
e o dia virá, algum dia virá
sem aviso
então...

sexta-feira, 18 de julho de 2008

A verdade a ver navios

- Amor, é que às vezes você é muito chato!
Com um olhar sereno e verdadeiro, ele disse suavemente:
- Você também!

***

A queda do imperio americano está realmente cada vez mais evidenciada. Até a Miss EUA se empacotou no chão. Piada atual, mas já gasta. Adorei.

***

Estava pensando que política e políca vêm do mesmo radical latino politia, politeia, que significa governo da cidade. Foi afirmado por Aristóteles, o primeiro a teorizar e a contribuir fundametalmente com estudos sobre política:

Vemos que toda cidade é uma espécie de comunidade, e toda comunidade se forma com vistas a algum bem, pois todas as ações de todos os homens são praticadas com vistas ao que lhes parece um bem; se todas as comunidades visam a algum bem, é evidente que a mais importante de todas elas e que inclui todas as outras tem mais que todas este objetivo e visa ao mais importante de todos os bens; ela se chama cidade e é a comunidade política (Pol., 1252a).

Na fisosofia aristotélica é um desdobramento natural da ética. ÉTICA?? Esta se preocupa com a felicidade individual e a política por sua vez se preocupa com a felicidade coletiva da pólis.

Onde, pelo amor do guarda Belo, foram perdidos esses conceitos??!!

***

Faltam 10 dias para Paris. Ainda bem que existe Paris...

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Revolta

Ando muito revoltada com todos os esses acontecimentos. Não bastassem os problemas pessoais que temos que enfrentar, ainda temos que conviver com problemas de outras pessoas, porque, sim, somos solidários e é impossível não nos abalarmos com a 'coisa toda'.
Tamanha a incompetência dos PMs que mataram o pequeno João Roberto. Incompetência dupla. Estou lendo o jornal e vejo:
"Delegado diz não ter dúvidas de que policiais atiraram para matar os ocupantes do veículo"
Os caras não sabem fazer o serviço direito, fazem uma merda gigante. E se atiraram para matar os ocupantes do veículo - uma vez que na cabeça débil e infeliz deles, estavam alvejando bandidos - conseguiram apenas acertar um garotinho pequeno, de menos de 1 metro de altura?? Ou seja, nem que eles tivessem toda a certeza do mundo de que quem ocupava o carro merecia morrer, eles foram tão incompententes que nem acertar os bandidos eles conseguiriam.
A página ao lado mostra:
" PMs são presos por morte de barman no Jacarezinho.
Policiais alegam que houve confronto (de novo!); família nega (óbvio!)"
No entanto, este caso por ser numa favela, se bobear nem saiu no resto do país e já já vai ser esquecido.... Infelizmente!
Registre-se que é o QUARTO caso envovendo PMs em menos de um mês:
1. Engenheira desaparecida de modo suspeito (14/06)
2. Daniel Duque (27/06)
3. O pequeno João Roberto (07/07)
4. O barman Charles de Medeiros (10/07)
A coisa tá feia geral. Não é só no Rio de Janeiro não. A questão é que a mídia adora isso aqui. Assim como todos nós.
Então faço minhas as palavras ditas pelo pai de Joãozinho:
"Não tenho que sair da minha cidade. Quem tem que ser extirpado daqui não somos nós, pessoas de bem."
A gente segue acreditanto, com fé, pois a fé não costuma faiá...
Deus nos proteja.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

LUTO


Gente, estou de luto!

Estou de luto pelo garotinho que morreu baleado pelos PMs.

Pelo garotão que morreu baleado pelos PMs.

Pela engenheira que morreu (certamente) baleada pelos PMs.

Pelos três garotos que morreram entregues ao tráfico pelo Exército.

Pela garotinha que morreu jogada do apartamente pelo pai.

Pela bebezinha que morreu jogada do apartamento pela mãe.


Na verdade estou de luto porque o mundo é uma selva e os que são pagos com nosso dinheiro para nos proteger estão cagando para nós.


Mas não há surpresas, disso, nós já sabíamos. Estão todos lá em Brasília.


E ainda me perguntam por quê eu ainda não tenho filhos....



sexta-feira, 27 de junho de 2008

SEM NOÇÃO!


Esses dias, me dei conta da maior lição de vida que aprendo TODOS OS DIAS: como existe gente SEM NOÇÃO nesse mundo. É realmente impressionante.

No meu trabalho, oferecemos treinamento e certificação de pessoal. Esta semana, estamos fazendo um curso sobre uma técnica super avançada, cujo equipamento ainda nem é fabricado no Brasil. Ou seja, é para poucos. Na segunda-feira chega aqui o cara que iria fazer o curso – de 25 anos – acompanhado pelo pai. Até aí tudo bem. Fizeram o pagamento, chamei o cara para entrar na sala e me despedi de seu pai. Para minha surpresa, este me respondeu: Não, eu vou ficar aqui acompanhando o fulano (não escrevo nomes em meu blog, para não ter que pagar direitos....). E não é que o cara ficou segunda, terça e quarta-feira, sem fazer absolutamente NADA, sentado que nem um dois de paus na sala de espera, de babá do filho de 25 anos?? Completamente SEM NOÇÃO.

Às vezes fazemos coisas que não são aceitas por todo mundo. Nem devem ser, uma vez que existem padrões, existem regras sociais, que temos que respeitar, queiramos nós ou não. É simples assim. Aí tem sempre alguém que acha que não precisa respeitá-las e simplesmente se abala pelo fato de haver que se chamar a atenção. Totalmente SEM NOÇÃO.

O ex-namorado recente da minha irmã, a qual está no Rio em férias e para esquecê-lo, liga para ela umas 4-7 vezes por dia, desde que ela está aqui. Até que anteontem, ela resolveu ligar de volta: Tipo, qual é cara, por que está me ligando? Para surpresa geral a resposta foi: Porque estou com saudades de você, mas como minha amiguinha. Amiguinha?? 7 vezes num dia?? Absolutamente SEM NOÇÃO.

O meu ex-chefe - campeão hours concours desse post – era tão SEM NOÇÃO, mas tão SEM NOÇÃO, que se casou com uma garota, digamos assim, prima, teimava em dizer que ela era muito sensível, e tem o maior orgulho de apresentá-la para todo mundo, achando a ‘pouca sombra’ linda de morrer. Acorda, SEM NOÇÃO!!

É por essas e outras que a gente precisa sempre de um toque de amiga. Às vezes é difícil fazer/escutar uma crítica. Mas é muito melhor magoar por alguns minutos, do que perder a noção para todo o sempre.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Dream on!

Sonhar não custa nada! É grátis! Ficar imaginando como seria, deixar a imaginação te levar para o Hawaii, Papeete, para o espaço até! Ficar horas pensando como gastar a mega acumulada, o que compraria, como aplicaria, se continuaria a trabalhar... É... 20 milhões daria para gastar umas boas horas de sonhos...

Mas bom ‘mesmo’ é sonhar ‘mesmo’, tipo dormir e sonhar. Como diz o desabafo de Hamlet: “Imaginar que um sono poe remate aos sofrimentos do coração (...) é solução para almejar-se. Morrer...dormir...dormir...sonhar...mais nada... É aí é que bate o ponto.” O sonho nunca é previamente conhecido, nem tampouco comandado. Sonhamos o que nossa mente quer sonhemos.
Uma amiga de Curita me contou que sonhou comigo – um sonho muito louco – e que no fim nos abraçamos de despedida e ela sentiu o abraço. Não nos vemos desde início de abril. Saudades! É uma delícia mesmo! A capacidade da nossa mente de tornar tão real aquele feeling. Eu às vezes sonho com a minha mãe e também sinto o abraço dela. E os milhões de beijos que ela gostava de dar, de chegar a doer a bochecha. Sempre que sonho com ela, suas ações são as mesmas de quando ela estava ao meu lado, despedindo-se da filha que iria até a esquina e já voltava.
Por isso é tão bom sonhar! Sonhar que está voando. Que está em Bali, sem nunca ter ido para Bali. Ou numa praia com ondas perfeitas. Jeffrey's Bay!
Uma vez sonhei com meu ídolo – Nicolas Cage. Em inglês e tudo. Batíamos o maior papo, como se ele estivesse ali mesmo, conversando comigo. Quando eu terei a oportunidade de conversar com o Nicolas?? Só em sonho mesmo. Depois entramos num carro grande e azul e fomos embora pelas estradas da Califórnia. E eu nunca estive na Califórnia. E sim, eu sonho colorido. Esta é uma questão engraçada nos sonhos. Já fiz um teste e quando você pergunta a alguém se sonha colorido, a resposta é sempre ‘não sei’.

A nossa mente é capaz de tanta coisa que nem sabemos aproveitar. Dizem que sonhar é bom, estimula a mente. E de quebra o coração. Também dizem que todo mundo sonha, então lembrar os sonhos é que estimula o coração. Mata a saudade de coisas que nunca vivemos e talvez nunca viveremos.

Esse papo até me deu um sono.
Acho que vou ali, dar uma sonhadinha e já volto.
- Sooooooonha!
E então volto ao trabalho.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Sex, love, friendship and the city

Obviamente, eu não poderia deixar de comentar também sobre o filme de mulherzinha mais comentado do momento.



Não sou fã de carteirinha do seriado. Sou daquelas que fica zapeando os canais todos e quando está passando, para para ver. Confesso que não sabia que a Miranda tinha um filho do Steve, nem que estava casada com ele, eu sabia apenas que ela tinha um bebê. Também não sabia que a Charlote tinha adotado uma menina chinesa e nem que a Samantha tinha tido câncer e morava na Califórnia.

Mas nada disso me impediu de sempre dar uma olhadela quando estava passando, afinal que mulher não gosta de conversar (e rir muito) sobre sexo? Ou falar de um vestido maravilhoso que comprou, mesmo que tenha sido naquela lojinha do Saara. Claro, também porque me identifico muito com a Carrie: escritora, bonita, moderna. Ha ha ha!

Enfim, o filme é uma dose cavalar de açúcar, dos mais doces e suculentos. Eu confesso que chorei umas quatro vezes durante o filme. De amor, de raiva, de u-hu!, mas principalmente porque o filme é uma homenagem à amizade. Amizade incondicional, onde há erros, mas na maioria das vezes os acertos são o que nos dão forças para viver. E não estou sendo piegas. É simples assim. Quem tem amigos tem tudo. Eu senti uma saudade imensurável das minhas amigas de Curitiba - aquelas que sabem que estou falando delas - assim como uma alegria imensa de ter conquistado novas aqui no Rio. Aquelas que já seguraram muito a minha barra e o meu cabelo para vomitar os cosmopolitans a mais, até sair com você num dia de chuva para comemorar aquele emprego novo ou afogar as mágoas de um fora, capazes de largar tudo e ir ao México para ajudar a curar a dor de cotovelo.

A gente vive sem um amor, vive sem a mãe (infelizmente), vive sem um Manolo Blahnik.

Mas a gente não vive sem amigas.

A Carrie não seria nada nem ninguém para falar de sexo e da cidade, se não fossem as amigas dela.

Assim como eu não sou nada nem ninguém se não tivesse as minhas.

Em Curitiba, no Rio ou em qualquer lugar da via Láctea.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Tamo gelo na night, tipo bicho!

Pode crê, locão!

Fiquei lembrando e até comentei em casa sobre alguma sensação que bate no dia dos namorados quando não temos namorado. Nunca é recalque, nem nada disso. Simplesmente quem não tem namorado, não tem como ficar alheio ao dia dos namorados.


Parece que todas as pessoas na rua andam sobre nuvens! Felizes , segurando rosas! Os homens quando vão entregar, as mulheres quando vão receber! Os homens quando vão receber! Das mulheres e dos homens! E as mulheres que só dão e nem recebem! É... no parameter! Mas enfim! Dia dos namorados quando se está sozinho é meio deprê! Onde quer que você olhe há amor! Não que isso seja ruim, faça amor, não fala guerra! Mas irrita!
Cumplicidade! Tudo que às vezes te enche o saco, te falta! Tudo que é gostoso de compartilhar e de sentir! E às vezes você nem percebe, de tão louca que é a vida! E quando está sozinho e olha para o lado, dá uma vontade de estar junto! E quando olha pro lado e está junto, dá uma vontade de matar! E quando dá uma vontade de matar, dá uma vontade de proteger!

Aí que a gente percebe como é bom ter um amor no dia dos namorados!

E como é melhor ainda que é só num dia!

Depois passa.

E a vida volta ao normal.




terça-feira, 10 de junho de 2008

Super desnaturada


Ando super desnaturada... com meu blog! Tipo mais de um mês sem atualizações? Será que eu não tenho mais nada pra dizer?

Tenho sim, e muito. Mas como todoa boa virginiana, eu quero a perfeição. Escrevo, escrevo, escrevo e acho que nunca está bom. Queria que alguém me pagasse para escrever aqui.... sonha!

Enquanto isso, só lamento...

Bem, neste mês todo que se passou, eu conclui o período da faculdade, ou quase. Projeto de monografia. Vou escrever sobre uma análise comparativa entre as poesias de Renato Russo e Cazuza. Pós-modernidade. O que restou da poesia, já que a maioria acha careta. Poesia é lindo! Tudo é poesia e em tudo há poesia. Vou defender isso.

Muito trabalho também, que bom!

Viajo mês que vem. Sonhadas férias.

Assisti Indiana Jones, adorei! Vi Estômago também, ameiii!! Para quem não sabe foi filmado na minha terra - Curitiba. Um amigo das antigas participa, ele é o carcereiro. Muito legal e muito orgulho ver o talento conterrâneo fazendo uma história magnífica, um dois melhores filmes dos últimos tempos!! Como disse o bonequinho do globo 'beira a perfeição'. Jóia!

Jóia? Acho que estou ficando velha.... não acredito que escrevi jóia...

Assisti também ao espetáculo da minha amiga carioca "Os Especialistas" até fim do mês, no teatro da Justiça Federal. Muito legal, apesar de falar de americanos.

Bem, nada muito concreto a dizer, então viva o dia dos namorados! Viva Santo Antonio, São João e São Pedro! Mas não soltem balões!

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Beatles onde mesmo?



Eu fui assistir ao espetáculo comentadíssimo: Beatles num Céu de Diamantes.
Considerando em um primeiro momento a alusão à música Lucy in the Sky with Diamonds, com suas polêmicas iniciais que remetem ao LSD, substância lisérgica que abre a mente e faz o cara viajar, eu confesso que não entendi qual foi a do espetáculo.
Já começa com todos os atores-cantores entrando em cena com um figurino morno, em tons pastéis, mais parecendo um show tribal, africano, com malas de viagem e cenário de cores idem. Entoando uma versão a qual mais parecia que a Lucy estava careta, séria, triste e de TPM, eles mantém essa linha meio down, meio yesterday, por todo o 'show'. Eu acreditava que não havia como piorar, até chegar a real Yesterday. Aí fiquei com sono.
Estou longe de ser uma crítica de teatro, eu falo como espectadora e fã de Beatles, que era uma banda de rock'n roll, formada por um dos maiores loucos-pirados-viajandões que o mundo já teve - John Lennon. Esperava encontrar um cenário psicodélico, colorido e um violoncelo tocando rock, Sargent Peppers, Live and Let Die e Helter Skelter, e quem sabe um céu de diamantes.
Encontrei a Lucy velha e acabada, em recuperação numa clínica de desintoxicação, aliás tentando fugir dela, após nunca mais voltar da viagem ao céu de diamantes. Tadinha.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Alegria de pobre dura pouco II

Então, aconteceu o lance da Varig deixar de voar Paris. Dois dias de agonia porque a empresa anunciou numa sexta-feira e só daria satisfações a clientes na próxima semana. Segunda-feira cedo ligo eu para o maravilhoso 0800. Já com mil pedras na mão porque não queria meu dinheiro de volta, que fique claro. Quero ir a Paris. Preciso ir a Paris!
- Sim, senhora, já temos a autorização para fazer o reembolso.
Meu sangue ferveu. Respirei fundo e disse:
- Não quero reembolso, Carolina Amaral (as atendentes de telemarketing costumam ter nome composto), quero que você me reacomode em outra companhia.
- Pois não, senhora, na mesma data?
Como assim?? Simples assim??
- Estamos confirmando sua passagem para as mesmas datas com a Companhia Air France, o email será enviado logo em seguida.
Air France. Air France?? AIR FRANCE!!!!
Alegria, alegria! Para quem ia e depois não ia mais de Varig, ir de Air France está de bom tamanho.
***
Duas semanas de alegria depois:
"Varig fará vôos extras para Paris de junho a agosto."
Voltamos à Varig.
Alegria de pobre dura pouco II.
Pelo menos ainda vamos a Paris!

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Alegria de pobre dura pouco I

Nunca fui a Paris. Decidi ir de qualquer jeito este ano, pois além de ser uma viagem de sonho e fazer três anos que não tiro férias é um ótimo motivo para realmente sair do ar e ninguém me achar. O primeiro passo foi comprar a passagem para consumar o ato. Varig, claro. Mais em conta, está voltando com a bola toda. Um mês depois a notícia.

Eu estava a caminho de Curitiba na outra semana aí, aguardando a conexão do voo em Congonhas e meu amigo me liga para me dar uma má notícia:

- Lia, a Varig vai deixar de voar Paris.

Cancelamento. A Varig não vai mais voar Paris a partir de 10 de junho. Minha passagem está marcada para fim de julho.

Alegria de pobre dura pouco.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Enlouquecendo

- Eu achei que você estava, mas você não estava, estava?
- Eu estava, mas você achou que eu não estava...

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Sobre a dengue no Rio

Hospital do Andaraí.
Entra cajá e sai caqui.
- Pega a senha e em seis meses volta aqui
- Mas até lá eu já morri!
- Sinto muito, mas para morrer a fila é aquela ali.

terça-feira, 1 de abril de 2008

O dia de hoje

Correria. Dia-a-dia. Monografia. Estágio. Trabalho. Casamento. Grupo de estudo. Cooperativa. Malhação. Malha o corpão. Malha o cabeção.
Nada.
Nada justifica não escrever quando esta é um paixão.
Falta de idéias. Também não. A escrita é só 1% inspiração. 99 é produção.
Falta de paciência. Treinar a paciência então.
Nada justifica a ausência da Lia, talvez um céu nublado, mas ela está ali. Só sem observação.
Nada justifica nada em vida.
Só a morte.
A morte justifica a falta de expressão.
A Lia morreu.

Pimeiro de abril!!

segunda-feira, 10 de março de 2008

Poesia para a Lia Nova

Problemas?
Ou conflitos apenas?
Internos
Um contra o outro
Passa na mente
Não mente
Semente de destruição
Externo
O meu sentimento
Às pessoas que penso
Entenderão
Fraterno
Quem pede a tua ajuda
E pensa que ajuda
Mas não ajuda não
Alterno
O meu pensamento
Dobrado é o tormento
Desisto então!
Problemas?
Ou conflitos apenas?
Nada não.

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

29 de fevereiro

E o que isso muda na sua, na minha ou na nossa vida? Muito. Já que somos todos tão baseados em relógio, hora, minutos, compromisso, dia da semana, amamos a sexta-feira e o fim de semana e ficamos deprimidos no domingo à noite, o dia 29 de fevereiro deve é ser comemorado! Afinal é um dia a mais na nossa vida. De quatro em quatro anos, ganhamos esse presente do Sr.Tempo.

Então o que fazer? Trabalhar porque não tem jeito mesmo, já que hoje é sexta-feira-dia-útil, mas sugeriria alguma coisa que nunca se faz, seguindo aquela dica de que a rotina é que faz o tempo passar mais rápido.

Se o cérebro acostuma com as situações que vivemos repetidamente, e não computa tais ações, não sentimos o tempo passar. Por isso é tão importante mudar o caminho do trabalho ou de casa, ler livros, fazer cursos e oficinas diferentes da área que vivemos.

Aí fiquei pensando, o que fazer de diferente, algo que nunca faço? Depois de pensar muito cheguei a uma conclusão: não beber, afinal hoje é sexta e sexta a cerveja é sagrada. Mas aí conflitou com tudo que eu disse acima, que eu sempre digo, das coisas boas da vida, que devemos fazer o que gostamos, hedonismo já... aí eu parei de pensar e estou indo abrir uma cerveja.

E viva dia 29 de fevereiro! Afinal hoje já poderia ser março!!

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

A arte imita a vida - Coisas de torcedor

Cena inspirada em papo de amigos, com leitura feita no curso de Escrita Cênica da CAL.




TEXTO:

(mesa de bar, estão o botafoguense, o vascaíno e o tricolor sentados bebendo)

Flamenguista(Chega e vai sentando todo feliz) Saudações para o deleite dos amigos flamenguistas mais uma conquista com direito a renúncia e choro do adversário, mas gritei é campeão ao lado dos meus queridos filhos e amigos e é isso que importa!!!!

Botafoguense(desdenhando) roubado...

Flamenguista – Aaahhh.... Falar que houve roubo é ate ridículo, foi pênalti e ponto final!!! Além do mais a cachorrada só fica com o osso!!! Bom dia!!!! Manda um abraço pro Eurico (bate no ombro do Vascaíno) e agradece o chopp da semana passada!!!! Flamengo absoluto!

Botafoguense(indignado) Vão todos os favelados tomar bem no meio do meio do olho do cu em sentido anti-horário. Ganhar primeiro turno não é título. Quero mais é que a favelada se esgoele. Vai lá, é campeão, é campeão. Aproveitem o título do primeiro turno que é só o que vocês vão ganhar esse ano. Agora o time vai se acomodar, ficar no chinelo e vai tomar vara na seguinte ordem: libertadores, taça rio e campeonato brasileiro. Aliás no brasileiro mais uma vez ficará em crise durante boa parte do campeonato.

Tricolor – Em sentido anti-horário, não se esqueçam! Vai é ser lindo na final tomar mais uma de 4.

Flamenguista - Se o Botafogo jogasse mais em vez de chorar quem sabe levaria o jogo pros pênaltis. De que adianta se diante do poderoso Mengão a cachorrada coloca o rabinho entre as pernas e amarela, basta consultar o histórico. No mais, agora e aguardar a final e nos concentrarmos na Libertadores e alçar vôos mais altos, rumo a Tóquio!!!! Duas de virada ...... é maravilhoso.

Botafoguense – Foi é roubado! Mais uma vez roubaram do Fogão!!

Flamenguista - Chorar...reclamar... será que todo mundo é contra o Botafogo?? O Juventude é contra o Botafogo? A Ana Paula é contra o botafogo? O Dodô é contra o botafogo? O River Plates é contra o botafogo? O Figueirense é contra o botafogo? Nossa! Quanta gente é contra o Botafogo hein? Roubado? Com um golaço do Tardeli? Sobre o pênalti... realmente um time que contrata um zagueiro uruguaio comprado na Uruguaiana tem que fazer pênalti na final....Só lamento... Bi campeão da taça Guanabara. E que papelão do Bebeto de Freitas... Devia voltar a ser técnico de vôlei.....pelo menos dá mais sorte. Afinal, (olha ao redor, pelo bar) Quem foi ao jogo, tem uma faixa sobrando pra vender?

Tricolor – Quem foi ao jogo?!! Ninguém de vocês. Pergunta que não quer calar: como pode a torcida do “fravela” ficar cheio de seus sinistros torcedores se o ingresso custou R$ 40,00 e seres imundos como vocês viram pela TV? Será que houve aumento da criminalidade da cidade, ou distribuíram ingressos com o mesmo dinheiro que compraram o juiz?

Flamenguista - A pergunta que não quer calar: por que você, sendo “tricolete”, está tão triste com mais um título do melhor do mundo? Não fique triste. Realmente terão outros fla x flu's, mas desta vez “Thiago branca de neves” não vai dançar o (faz o gesto) créu, créu, creu... Agora botem o sapatinho de corrida e como diz na gíria: corre atrás....porque eu tô de chinelinho aguardando o trouxa da vez...se é que vai ter vez.....afinal se ganharmos a taça Rio com os reservas não vai ter final.

Tricolor(respira fundo e segura no ombro do Flamenguista) meu caro amigo favelado, em primeiro lugar, tricolor não corre atrás de nada, ele manda correrem por ele. O nível é outro. em segundo lugar, o grande estrategista “Renight Gaúcho”, homem de beleza ímpar, conhecimento arrebatador e mulheres impensáveis a qualquer mortal já tem tudo dominado. Sabe ele que o Fluminense nunca é campeão com facilidade, tudo é sofrido, com gols no final do jogo, de barriga, nuca, orelha e tal. se ganhasse a Taça Guanabara nosso título estaria comprometido. Assim, apenas para demonstrar força, antes de entrarmos nas semi-finais, demos um 4x1 nesse teu time fedido, feio, com torcedores freqüentadores do extinto Carandiru, Bangu I e todos os outros, e deixamos claro que tua hora vai chegar. Tá bom, vocês tavam com reservas, mas nós também. Enfim, a alegria se estabeleceu na população marginal, teoricamente a cidade ficará tranqüila nessa semana pois os ”bandidu” tão comemorando e vocês também estão orgulhosos, cheio de argumentos, pois ganharam o primeiro turno. Comemorem mesmo!!!! Outra coisa, d. “Renight”, príncipe do abdominal, me enviou à terra santa para pedir uma força. Então, joguem com reservas, ensinem o Souza a ser gente, comemorem bastante, chamem o juizinho prum churras – já que o cara é de casa – e depois, lá na frente vamos ver quem ri por último. Por fim saibam de uma coisa. Por mais uma vez repetirei: sou minoria mesmo!!! Por opção!!! Acredito em Darwin e na teoria evolucionista. Qualquer um torce por esta bosta. Ratos, baratas etc. Bichos escrotos saiam dos esgotos!!!

Flamenguista - Fru Fru, faz tua parte, corre atrás do “prejota” sim e, somente se vocês conseguirem fazer o dever de casa voltamos a conversar, enquanto isso, MENGÃO já tá na final do campeonato, após uma campanha de liderança isolada durante todo o primeiro turno.
Sabemos bem que a TG não é título de campeonato, mas como nosso campeonato é muito charmoso e temos primeiro e segundo turnos com direito a finais, pq não comemorar a vitória? Ou será que só o MENGÃO não tem esse direito? Pelo que me recordo TODOS que ganham a TG comemoram, não o título do campeonato, mas o do primeiro turno. Como já disse, faz o teu e depois conversamos, afinal, não presenciamos um Fla x Flu ontem por pura incompetência dos arco-íris!!!

Tricolor - 4 x 1!! 4 x 1!! 4 x 1!!

Botafoguense – Ah! Balela... E tu, bacalhau, não vai falar nada?

Vascaíno(numa mistura entre verdade e ironia para confundir) E depois são os vascaínos que têm problemas com os Flamenguistas.....a final foi contra o Botafogo, o tricolor aí é o que está mais irritado.... Aliás, um time da grandeza e importância do Flamengo está acima de tudo isso. Parabéns, Mengão (aperta a mão do Flamenguista).....vocês são demais!!! Rumo ao Japão com Ronaldo, o fenômeno, recuperado e jogando pelo Mengão, afinal ele fará de tudo pra poder jogar num time do tamanho, da grandeza, da magnitude, da importância do Flamengo no cenário mundial. As pessoas, de uma vez por todas, têm que se conscientizar do tamanho do Flamengo, do que significa vestir aquele manto sagrado, de sua torcida imensa e espetacular, enfim.....o Flamengo está muito acima de qualquer outro time do Brasil e do mundo. (Enfia um bolinho inteiro na boca).

(silêncio geral)
*

Special thanks to (in order of appearance): Le, Ge, Rafa, Mari, Fishu, Léo, Guigui, Jota, Rômulo, Rodrigo, Paulinha e Rafael.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

César SAIA, CAIA, VAIA!!!!!

Essa cidade é maravilhosa, tem mar, sol, natureza impecável, pessoas bonitas e ... burras? Ignorantes? Safadas? Ladras?

Eu amo esse lugar, mas ler o jornal diariamente está me fazendo muito, muito mal. Nada que seja grande novidade, mas até quando a violência e a impunidade vão se sobressair sobre a vida justa que todos queremos ter?

É policial corrupto para todos os lados. Hoje li no jornal que um PM bandido deu em cima da mulher de um cara na praia, na frente dele! O que é isso? Além de dinheiro, eles querem o que mais?? É nojento. Você – sem querer – cruzar o olhar com o de um PM dá um frio da barriga, a gente não pode confiar.

Ontem vi um ladrão correndo (a pé) a uns 200 km por hora na contra mão da Rio Branco, pelo meio mesmo, desviando dos carros, enquanto uma onda ia passando com gritos de pega ladrão. A vítima estava correndo atrás, mas acho que está todo mundo tão indignado que as pessoas se envolvem instintivamente. O cara foi pego por alguém que ouviu os gritos, já a umas 3 quadras adiante do acontecimento.

Aí, as pessoas querendo boicotar o IPTU, porque obviamente não há segurança, não há saúde, não há, não há NADA feito com o dinheiro do povo e aparece nos jornais que o ladrão, safado, ordinário e cruel prefeito está gastando QUINHENTOS MILHÕES com a construção de um espaço para MÚSICA!!!!!!!!!!! Representa 60% do orçamento do ANO da cidade para tudo, e ele vai gastar com música??!! Não, ele vai ROUBAR tudo que ele puder, já que seu mandato acaba este ano.

A indignação é tão grande, mas tão grande, que espero que esse cara NUNCA mais se reeleja, em nenhuma posição. Aliás eu espero que ele se dê MUITO MAL nessa vida, porque aqui se faz, aqui se paga, e o mal que ele está fazendo para esse povo não tem medida, não tem comparação, é o PIOR PREFEITO do qual eu já tive a oportunidade de presenciar na minha vida toda.

Então, se ele gosta de música, vai uma para o Excelentíssimo Sr. prefeito da cidade do Rio de Janeiro:



Desculpem-me o palavrão, mas é tudo que eu posso fazer por hora.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

De onde vem tanta gente?

Enquanto eu morava em Curitiba, eu tinha uma teoria sobre o trânsito de pedestres, e por diversas vezes eu mesma a testei e, juro, ela funcionava. Era o seguinte: quando você está andando na rua e tem uma pessoa vindo em sua direção, se você não cruzar o olhar com o dela, é (era) certo que vocês não irão (iriam) se chocar. No entanto, basta você fixar o olhar na pessoa e ela perceber isso, que inevitavelmente vocês irão se esbarrar. Deve ser uma espécie de atração que os olhares provocam. De qualquer forma sempre funcionou... até eu me mudar para o Rio, principalmente agora que trabalho na Presidente Vargas. E agora que acabou o carnaval. E começaram as aulas. E toda a zorra de novo.
Aqui tem tanta gente, mas tanta gente andando nas ruas que tentei fundamentar minha teoria por diversas vezes, e o que consegui foram bons esbarrões. Mas explico. Quanto ao olhar ainda funciona! O que não funciona mais é o 'não-olhar'. Aqui (ou em qualquer outra metrópole que seja) simplesmente não adianta. Você pode não olhar, se encolher na sua insignificância de um mero pedestre no caos da selva de pedra, mas vai esbarrar de qualquer jeito! Encolher-se até requer muita prática e inclusive ajuda a manter a postura. Quanto mais ereto e com os braços mais perto do corpo menos chance do choque. No entanto até pegar o jeito, continua a trombada, o resvalo, o cutuco, o toque mais sutil... As pessoas parecem carros choques se enfrentando. Pedido de desculpa? Não dá nem para pensar, se fosse andar na rua no ápice do horário de almoço, não haveria como conversar com um amigo. Você andaria e a cada passo pediria desculpas: - Sabe aquele - Desculpa! - livro - Desculpa! - que te falei -Desculpa! - que - Desculpa! - eu queria - Desculpa! ...... imaginaram? Então é melhor passar batido mesmo, não no sentido literal, pois passar batido já remete a uma pancada grossa e bem dada! Não me entendam mal, sou imigrante nesta cidade e não desejo causar conflitos. Inclusive estou é tentando evitá-los em todos os sentidos!! Mas a semântica me confunde nessas horas!!
De qualquer forma, tendo a minha teoria sido refutada, confesso que aprendi (mais uma vez) que levamos anos para descobrir certas coisas.
De repente até vale a afirmação de que uma coisa pode funcionar em determinada circunstância. Mas a troca de olhares... inevitável chamariz do choque, esta ainda é válida.
Sem falar nas pessoas que vêm do lado, de trás. Aí teriam que inventar um suporte com pisca-pisca e luz de freio. Saindo do metrô, horário do rush, melhor é seguir em linha reta sempre avante. Se resolver dar uma viradinha à esquerda, ligue o pisca, senão a colisão traseira acontecerá, ou em seu lugar a buzina da pessoa de trás que teve que frear desavisadamente. É, no ritmo que nós estamos indo, daqui a pouco serão aplicadas as mesmas leis de trânsito para pedestres, vias de mão única e lugares próprios para estacionar, caso precise mexer na bolsa ou atender o celular. Porque simplesmente parar de uma hora para outra, sem acionar a luz de freio, renderá uma multa!
Portanto ao andar dentre uma multidão que vai e vem, sempre evitem o olhar, encolham os braços, ajustem os ombros, respirem fundo e sigam!
E nos consolemos que, de qualquer forma, para nós brasileiros, o toque é importante!
Mas isso é uma outra história...

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Mais crescimento?

Cai a mortalidade infantil. Ótimo, claro, crianças inocentes não merecem morrer por omissão dos pais ou do governo. Mas não te parece contraditório?
O mundo está overbooked. A criminalidade cresce junto com o crescimento desordenado da população. Não há condições de vida para todo mundo. Não há controle de natalidade. Mas há investimentos (grandes) no controle da mortalidade infantil.

Esclarecendo: não estou dizendo que o problema não deve ser resolvido, por favor, que não haja mal entendidos. Afirmo sim, que antes de haver tantos investimentos nisso, deveria haver um muito maior no controle de natalidade. Se não houvessem tantas crianças sendo fabricadas por falta de esclarecimentos e de TV, não haveria necessidade de tamanho desgaste (primeiro das mães e depois do governo) com o problema da mortalidade infantil.

Claro, minha opinião é de leiga. Não sei muito sobre o assunto, mas mais uma vez a solução das autoridades parece ser paliativa e remediada. E não preventiva que é a solução mais cabível para todos os problemas sociais.

******************

Aí, vemos na TV que a indústria automobilística está em crescimento, deve crescer 23% de 2008, após os 18% de 2007. Mais carros para quê? Se não resolvem problemas das estradas, de estacionamentos e do trânsito caótico nos grandes centros. De novo, parece-me contraditório.

O mundo todo fala de crescimento, de desenvolvimento, mas não consigo ver vantagem nisso. Repito: o mundo está overbooked, para que querem continuar a crescer? O correto seria uma super distribuição de renda para desenvolvimento de melhores condições de vida aos países pobres e uma redução no avanço dos países que já são ricos o bastante. Mas é uma mentalidade tão egoísta, própria do homem, que isso nunca vai se resolver.

Já escrevi algo parecido antes, mas agora – para ficar mais contundente – cito o grande dramaturgo Samuel Beckett que em 1930 afirmou: “O maior delito do homem é o de haver nascido.”

Salvem as crianças! Em todos os sentidos! Quem sabe tudo isso ainda muda um dia.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Hilary X Obama

Não, esse não é mais um texto sobre política propriamente dita. Quero escrever sobre uma coisa que me chamou atenção ultimamente sobre os Estados Unidos. País rico, que apesar da recessão ainda vai demorar muito para ficar pobre. Americanos soberbos e americanas peitudas em todos os sentidos. Eles acham que sabem tudo, que podem tudo e de repente o fato de haver uma MULHER disputando um possível cargo de PRESIDENTE DO MUNDO com um NEGRO é algo que precisa ser comentado.
De um lado Barak Obama, de origem queniana, sendo alvo de mídia bem na época em que o país de seus antepassados sofre a pior crise já vista. A América toda é composta por muitos negros, isso é fato. Os brancos mesmos que os trouxeram. Esse negócio de raça pura é coisa de nazista ou ignorante. E concordo que o simples fato de haver comentários em torno de cor de pele pode soar como preconceito. Como o próprio Obama se descreve, não há nada sobre cor. Ele apenas se afirma um homem digno e honesto, sem fazer nenhuma observação ao fato de ser negro. Li críticas sobre isso, dizendo que ele está negando suas origens ou coisa parecida, mas eu o apoio (a vida dele nunca mais vai ser a mesma depois disso....). Se não há diferença nenhuma entre cores de pele, então para que o fato deve ser lembrado?
Do outro, Hilary, a primeira dama mais posuda que já houve na face da terra. Quase deixa Danusa Leão e Gioconda Barreto no chinelo. O marido, então presidente, não resistiu ao ball cat da secretária e a primeira dama superou a crise, aprendeu pole dance, apoiou o marido e está aí, quase presidenta. Mas também, se não há diferença entre os sexos, para que comentar?
Porque os Estados Unidos são um dos países mais racistas e machistas do mundo e agora, além de uma crise eminente, estão tendo que encarar o fato de que seu próximo presidente tem grandes chances de ultrapassar barreiras e preconceitos, provando que eles, talvez, lá no fundo, bem no fundo, ainda tenham a distinção do que de fato é certo e errado. E isso sim é um grande desenvolvimento para um país que se acha o mais desenvolvido do mundo.
Acorda, América, e quem sabe o próximo passo não seja eles aprenderem geografia global. Torçamos. Ou não, afinal temos muito mais petróleo do que eles e nosso preconceito já ficou para trás há duas eleições presidenciais.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Tergiversação

Essa palavra foi hoje acrescentada ao meu léxico. Bonita não? Parece poesia. Seria se o significado não representasse um dos maiores problemas da sociedade carioca e brasileira. O empurra-empurra de responsabilidades. Como diria o ditado: ‘Ninguém quer assumir o filho feio'. Na hora da responsabilidade todo mundo tira o corpo fora, principalmente as autoridades. Baseadas em algum artigo qualquer, de uma lei qualquer ou de um nada qualquer, a prefeitura empurra para o governo estadual, que devolve para a prefeitura, que manda para a CEDAE, que joga para a secretaria de meio-ambiente que – uhhhhhhhhhh - chuta para fora. Claro, é impossível fazer um gol. Esse foi só um exemplo referindo-me a língua negra que apareceu na praia e São Conrado. Mas há a questão da favelização, da segurança pública, enfim, em tudo. Não há a quem recorrer.
Está havendo uma avalanche de cartas de jornalistas – que têm poder de conseguir um espaço na mídia – descrevendo ocorridos, fazendo apelos porque ninguém sabe mais para quem recorrer. Aí existe na TV agora uma propaganda muito bem bolada de uma mulher que é assaltada por uma pessoa invisível. No final a moral da história é: 'Dê queixa. Quando a queixa não é feita, o crime torna-se invisível'. Lindo, não? Mas convençam as crianças porque os adultos já estão escolados que o crime está invisível há muito tempo. Aliás invisível não, porque todo mundo sabe como acontece, quem o pratica, mas os responsáveis fingem que não vêem. Aí querem nos fazer acreditar que dando queixa, as coisas vão aparecer e ser resolvidas. Como num passe de mágica. A atriz Cristine Fernandes, assaltada num sinal da Barra semana passada não deu queixa, e diz o jornal que o delegado vai entrar em contato com ela.
- Alou, delegado, me liga também e liga para todas as N famílias aí que estão com problemas porque ninguém faz nada.
Fim de semana passado, não cedi ao ‘assalto’ do flanelinha do Leme. Meu carro foi todo riscado. Para quem eu recorro? O cara vai estar lá de novo, a polícia vai fazer alguma coisa? Vai adiantar eu dar queixa? Ficar plantada horas na delegacia para me dizerem que ninguém pode fazer nada?
Na semana passada minha amiga, que mora na França, esteve de passagem pelo Rio e deixou algumas malas no Malex do Galeão (não vou falar Tom Jobim, porque estou na onda de respeito ao maestro) e a porta foi arrombada. O Malex se responsabilizou? A polícia fez alguma coisa? Alguém fez alguma coisa? NÃO. Ela (e a família que é francesa) foi embora com AQUELA sensação básica que os gringos têm passado quando deixam o Rio, carregando menos coisas – porque foram roubados – ou mais – porque alguém da família foi morto aqui e eles têm que levar de volta o caixão com o corpo. Sinistro, mas é a mais pura verdade.
E tudo fica por isso mesmo.
É a tergiversação. Que, para ficar poético, rima com EU NÃO!

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Hedonismo já!


Hedonismo:
do Gr. hedoné, prazer
s. m.,
antigo sistema filosófico que considerava o prazer como único fim da vida;
doutrina que considera que o prazer individual e imediato é o único bem possível, princípio e fim da vida moral.


Li uma reportagem esses dias que falava sobre o hedonismo. As pessoas devem ser mais hedonistas e continuando o meu tema de resoluções para 2008, acho que esse é um bom princípio. Sempre tem aqueles que não bebem, não fumam, não comem nada gorduroso, não gastam mais do que ganham, fazem exercícios regularmente e sexo idem e seguro. Tipo assim: chega né? Vida regulada é bom, mas regulada demais ninguém merece, certo? Certo. A não ser que você queira se tornar um chato de marca maior. Porque voltemos à máxima da vida boa: tudo que é bom é imoral, é ilegal e engorda.

Então achei o máximo essa história de nome chique para uma coisa à qual já sou adepta há tempos, desde que nasci talvez, mas que às vezes esqueço. Todos esquecemos porque quando percebemos já estamos fazendo tudo certinho e esquecendo que o 'amanhã começa agora': "As pessoas passam a vida querendo ver a conta do banco crescer e esquecem que a vida está acontecendo agora, não daqui a dez anos ou quando se aposentarem. Vivem conectadas com o mundo, mas não consigo mesmas. Simplesmente esquecem de viver", disse Michael Flocker que acabou de lançar um livro sobre isso (ai que pena que não fui eu que tive essa idéia antes...). E é dele toda a razão. Quantos relatos já chegaram em nossas mãos de pessoas que viveram em função de alguma coisa, a qual nunca conseguiram desfrutar, pois quando a alcançaram já não havia vida suficiente para aproveitar o sonho. Claro, temos que pensar no futuro, mas não viver o presente em função do futuro. A vida passa voando, acaba quando menos se espera. Então adotemos imediatamente o hedonismo como filosofia. Nem que seja de vez em quando.

Transcrevo a seguir as listas do cara que dizem TUDO e eu ADOREI:

DESACELERE
Dez passos infalíveis para libertar o hedonistaque existe dentro de você
• Sente-se num banco de jardim para ver a vida passar
• Balance-se numa rede, olhando as estrelas
• Flutue sobre as ondas do mar
• Faça uma caminhada sem rumo
• Leia um livro em total silêncio
• Cochile sob o sol
• Tome um banho de banheira à luz de velas
• Durma até não poder mais
• Estenda as preliminares
• Veja um filme sueco

E DAÍ?
Dez coisas que você não devia fazer. Mas, quando faz, se diverte
• Beber até constranger os amigos
• Dormir até depois do meio-dia
• Comprar a crédito
• Fazer sexo com um ex
• Jogar
• Comer o que engorda
• Ligar para o trabalho e dizer que está doente
• Ficar acordado até tarde
• Fofocar
• Tramar uma vingança

DESAPEGUE-SE
Dez exemplos de coisas que parecem importantíssimas,mas passam sem deixar vestígio
• Juventude
• Paixão
• Barriga tanquinho
• Emprego
• Problemas
• Importância profissional
• Relacionamentos
• Dívida
• Hemorróidas
• A vida

Convencido??

Se não, me ligue, vamos tomar um chopp. Um não, váááários!

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Sincera e Serena Idade

Duas coisas são certamente minhas resoluções de ano novo: sinceridade e serenidade.

Sinceridade porque fico pensando o quanto acabamos sendo falsos com o que nos cerca. A necessidade de ser educado, simpático acaba com qualquer sinceridade. Sei que não devemos falar TUDO que pensamos, mas para tudo há limite.
Em 2008 vou tentar praticar melhor minha sinceridade. Principalmente com amigas que nos perguntam se estão gordas. Como amigas devemos responder: Sinto muito, amiga, mas você está sim. Seria muito válido se você fizesse um regiminho. Ou quando perguntam se aquela roupa está boa e na verdade está mais parecendo uma galão de 20 litros de água mineral com aquela vestimenta com estampa de vaquinha, para combinar com o resto da cozinha. Gente, se eu saísse assim na rua por conta da falsidade de uma amiga, eu ia eternamente matá-la, se é que isso é possível.
As pessoas que conversam com você cuspindo e o perdigoto cai no seu lábio inferior. Você faz um sutil biquinho, bate aquele nojo e você NÃO se manifesta? Nossa! Eu na mesma hora. Desculpe, amigo, mas não sou obrigada a literalmente engolir esse tipo de coisa, nem ficar parada como um dois de paus, sem saber o que fazer. Isso é comum, qual o problema em se manifestar? Limpar mesmo a testa, a bochecha e principalmente a boca. Vai até um toque para os que não sabem que são verdeiros chuveirinhos de bidê.
Outra coisa que considero extrema falta de sinceridade quando s pessoas falam: Oi, tudo bem? Na verdade, elas não estão querendo saber se realmente está tudo bem com você, mas sim estão apenas sendo educadas. E você educamente responde: tudo e você? Apesar de ter descoberto que seu marido tem outra, seu filho usa drogas e aquela calça que custou 500 reais não serve mais. Chega. Quando eu estiver levantando com o pé esquerdo, vou apenas responder: Não, e você? Mais sincero, impossível.

E a serenidade, bem, a serenidade para me deixar mais tranquila em relação a tudo que me irrita, inclusive a falta de sinceridade das pessoas acima. Talvez eu esteja realmente estressada por conta de 2 anos e meio sem férias de verdade, mas estou treinando serenidade para 2008. O trânsito - tanto de carros, como de pedestres - é um ótimo treino. Porque a minha raiva não vai fazer sequer cosquinhas no alheio. Vai voltar com tudo para mim e não para aquele taxista que me deu uma fechada às 8h da manhã de uma segunda-feira, ou para o motorista de ônibus que não parou no ponto no mesmo horário que o taxista.

Vale a pena. Se queremos mudar o mundo sei que temos que começar mudando nós mesmos. Portanto muita sinceridade e serenidade para nós em 2008 e sempre.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Feliz tudo de novo!!

Feliz ano novo! Que tudo se realize no ano que vai nascer! Muito dinheiro no bolso, saúde para dar e vender!

Feliz tudo de novo!!!

Desculpem-me os amigos que passaram por aqui e não encontraram nada novo. Estava em férias do trabalho, da faculdade e consequentemente de computadores. Não fiz as unhas, não usei maquiagem, enfim, férias são férias!

Voltei ao trabalho de fato ontem e já estou reprogramando meu cérebro para que ele volte a produzir os textos que eu adoro e eu creio que as pessoas leitoras também.

E também (de novo) porque chega de melancolia, o fim de ano foi bem pesado para mim e como escrevi em outra postagem que a tristeza é mais inspiradora, ela também é mais depressiva para quem lê. Assim, recolhi-me apenas à minha insignificância e guardei meus pensamentos suicidas, afinal tenho tudo que preciso, trabalho, saúde, amor e amigos. Rita Lee, eu também quero dinheiro em 2008. Não que me falte, estou vivendo bem, mas preciso viajar, trocar de carro e comprar meu teto.

Assim meus votos para 2008:

Saúde sempre porque sem ela, NADA vale!
Economize água e papel.
Apague a luz.
Use menos sacolas plásticas.
Deixei o carro em casa.
Não deixe lixo na praia.
Seja voluntário.
Mude o mundo, nem que seja um pouquinho.

Eu realmente acredito que pequenas coisas podem fazer diferença.

E VIVA 2008!