sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Mais crescimento?

Cai a mortalidade infantil. Ótimo, claro, crianças inocentes não merecem morrer por omissão dos pais ou do governo. Mas não te parece contraditório?
O mundo está overbooked. A criminalidade cresce junto com o crescimento desordenado da população. Não há condições de vida para todo mundo. Não há controle de natalidade. Mas há investimentos (grandes) no controle da mortalidade infantil.

Esclarecendo: não estou dizendo que o problema não deve ser resolvido, por favor, que não haja mal entendidos. Afirmo sim, que antes de haver tantos investimentos nisso, deveria haver um muito maior no controle de natalidade. Se não houvessem tantas crianças sendo fabricadas por falta de esclarecimentos e de TV, não haveria necessidade de tamanho desgaste (primeiro das mães e depois do governo) com o problema da mortalidade infantil.

Claro, minha opinião é de leiga. Não sei muito sobre o assunto, mas mais uma vez a solução das autoridades parece ser paliativa e remediada. E não preventiva que é a solução mais cabível para todos os problemas sociais.

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Aí, vemos na TV que a indústria automobilística está em crescimento, deve crescer 23% de 2008, após os 18% de 2007. Mais carros para quê? Se não resolvem problemas das estradas, de estacionamentos e do trânsito caótico nos grandes centros. De novo, parece-me contraditório.

O mundo todo fala de crescimento, de desenvolvimento, mas não consigo ver vantagem nisso. Repito: o mundo está overbooked, para que querem continuar a crescer? O correto seria uma super distribuição de renda para desenvolvimento de melhores condições de vida aos países pobres e uma redução no avanço dos países que já são ricos o bastante. Mas é uma mentalidade tão egoísta, própria do homem, que isso nunca vai se resolver.

Já escrevi algo parecido antes, mas agora – para ficar mais contundente – cito o grande dramaturgo Samuel Beckett que em 1930 afirmou: “O maior delito do homem é o de haver nascido.”

Salvem as crianças! Em todos os sentidos! Quem sabe tudo isso ainda muda um dia.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Hilary X Obama

Não, esse não é mais um texto sobre política propriamente dita. Quero escrever sobre uma coisa que me chamou atenção ultimamente sobre os Estados Unidos. País rico, que apesar da recessão ainda vai demorar muito para ficar pobre. Americanos soberbos e americanas peitudas em todos os sentidos. Eles acham que sabem tudo, que podem tudo e de repente o fato de haver uma MULHER disputando um possível cargo de PRESIDENTE DO MUNDO com um NEGRO é algo que precisa ser comentado.
De um lado Barak Obama, de origem queniana, sendo alvo de mídia bem na época em que o país de seus antepassados sofre a pior crise já vista. A América toda é composta por muitos negros, isso é fato. Os brancos mesmos que os trouxeram. Esse negócio de raça pura é coisa de nazista ou ignorante. E concordo que o simples fato de haver comentários em torno de cor de pele pode soar como preconceito. Como o próprio Obama se descreve, não há nada sobre cor. Ele apenas se afirma um homem digno e honesto, sem fazer nenhuma observação ao fato de ser negro. Li críticas sobre isso, dizendo que ele está negando suas origens ou coisa parecida, mas eu o apoio (a vida dele nunca mais vai ser a mesma depois disso....). Se não há diferença nenhuma entre cores de pele, então para que o fato deve ser lembrado?
Do outro, Hilary, a primeira dama mais posuda que já houve na face da terra. Quase deixa Danusa Leão e Gioconda Barreto no chinelo. O marido, então presidente, não resistiu ao ball cat da secretária e a primeira dama superou a crise, aprendeu pole dance, apoiou o marido e está aí, quase presidenta. Mas também, se não há diferença entre os sexos, para que comentar?
Porque os Estados Unidos são um dos países mais racistas e machistas do mundo e agora, além de uma crise eminente, estão tendo que encarar o fato de que seu próximo presidente tem grandes chances de ultrapassar barreiras e preconceitos, provando que eles, talvez, lá no fundo, bem no fundo, ainda tenham a distinção do que de fato é certo e errado. E isso sim é um grande desenvolvimento para um país que se acha o mais desenvolvido do mundo.
Acorda, América, e quem sabe o próximo passo não seja eles aprenderem geografia global. Torçamos. Ou não, afinal temos muito mais petróleo do que eles e nosso preconceito já ficou para trás há duas eleições presidenciais.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Tergiversação

Essa palavra foi hoje acrescentada ao meu léxico. Bonita não? Parece poesia. Seria se o significado não representasse um dos maiores problemas da sociedade carioca e brasileira. O empurra-empurra de responsabilidades. Como diria o ditado: ‘Ninguém quer assumir o filho feio'. Na hora da responsabilidade todo mundo tira o corpo fora, principalmente as autoridades. Baseadas em algum artigo qualquer, de uma lei qualquer ou de um nada qualquer, a prefeitura empurra para o governo estadual, que devolve para a prefeitura, que manda para a CEDAE, que joga para a secretaria de meio-ambiente que – uhhhhhhhhhh - chuta para fora. Claro, é impossível fazer um gol. Esse foi só um exemplo referindo-me a língua negra que apareceu na praia e São Conrado. Mas há a questão da favelização, da segurança pública, enfim, em tudo. Não há a quem recorrer.
Está havendo uma avalanche de cartas de jornalistas – que têm poder de conseguir um espaço na mídia – descrevendo ocorridos, fazendo apelos porque ninguém sabe mais para quem recorrer. Aí existe na TV agora uma propaganda muito bem bolada de uma mulher que é assaltada por uma pessoa invisível. No final a moral da história é: 'Dê queixa. Quando a queixa não é feita, o crime torna-se invisível'. Lindo, não? Mas convençam as crianças porque os adultos já estão escolados que o crime está invisível há muito tempo. Aliás invisível não, porque todo mundo sabe como acontece, quem o pratica, mas os responsáveis fingem que não vêem. Aí querem nos fazer acreditar que dando queixa, as coisas vão aparecer e ser resolvidas. Como num passe de mágica. A atriz Cristine Fernandes, assaltada num sinal da Barra semana passada não deu queixa, e diz o jornal que o delegado vai entrar em contato com ela.
- Alou, delegado, me liga também e liga para todas as N famílias aí que estão com problemas porque ninguém faz nada.
Fim de semana passado, não cedi ao ‘assalto’ do flanelinha do Leme. Meu carro foi todo riscado. Para quem eu recorro? O cara vai estar lá de novo, a polícia vai fazer alguma coisa? Vai adiantar eu dar queixa? Ficar plantada horas na delegacia para me dizerem que ninguém pode fazer nada?
Na semana passada minha amiga, que mora na França, esteve de passagem pelo Rio e deixou algumas malas no Malex do Galeão (não vou falar Tom Jobim, porque estou na onda de respeito ao maestro) e a porta foi arrombada. O Malex se responsabilizou? A polícia fez alguma coisa? Alguém fez alguma coisa? NÃO. Ela (e a família que é francesa) foi embora com AQUELA sensação básica que os gringos têm passado quando deixam o Rio, carregando menos coisas – porque foram roubados – ou mais – porque alguém da família foi morto aqui e eles têm que levar de volta o caixão com o corpo. Sinistro, mas é a mais pura verdade.
E tudo fica por isso mesmo.
É a tergiversação. Que, para ficar poético, rima com EU NÃO!

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Hedonismo já!


Hedonismo:
do Gr. hedoné, prazer
s. m.,
antigo sistema filosófico que considerava o prazer como único fim da vida;
doutrina que considera que o prazer individual e imediato é o único bem possível, princípio e fim da vida moral.


Li uma reportagem esses dias que falava sobre o hedonismo. As pessoas devem ser mais hedonistas e continuando o meu tema de resoluções para 2008, acho que esse é um bom princípio. Sempre tem aqueles que não bebem, não fumam, não comem nada gorduroso, não gastam mais do que ganham, fazem exercícios regularmente e sexo idem e seguro. Tipo assim: chega né? Vida regulada é bom, mas regulada demais ninguém merece, certo? Certo. A não ser que você queira se tornar um chato de marca maior. Porque voltemos à máxima da vida boa: tudo que é bom é imoral, é ilegal e engorda.

Então achei o máximo essa história de nome chique para uma coisa à qual já sou adepta há tempos, desde que nasci talvez, mas que às vezes esqueço. Todos esquecemos porque quando percebemos já estamos fazendo tudo certinho e esquecendo que o 'amanhã começa agora': "As pessoas passam a vida querendo ver a conta do banco crescer e esquecem que a vida está acontecendo agora, não daqui a dez anos ou quando se aposentarem. Vivem conectadas com o mundo, mas não consigo mesmas. Simplesmente esquecem de viver", disse Michael Flocker que acabou de lançar um livro sobre isso (ai que pena que não fui eu que tive essa idéia antes...). E é dele toda a razão. Quantos relatos já chegaram em nossas mãos de pessoas que viveram em função de alguma coisa, a qual nunca conseguiram desfrutar, pois quando a alcançaram já não havia vida suficiente para aproveitar o sonho. Claro, temos que pensar no futuro, mas não viver o presente em função do futuro. A vida passa voando, acaba quando menos se espera. Então adotemos imediatamente o hedonismo como filosofia. Nem que seja de vez em quando.

Transcrevo a seguir as listas do cara que dizem TUDO e eu ADOREI:

DESACELERE
Dez passos infalíveis para libertar o hedonistaque existe dentro de você
• Sente-se num banco de jardim para ver a vida passar
• Balance-se numa rede, olhando as estrelas
• Flutue sobre as ondas do mar
• Faça uma caminhada sem rumo
• Leia um livro em total silêncio
• Cochile sob o sol
• Tome um banho de banheira à luz de velas
• Durma até não poder mais
• Estenda as preliminares
• Veja um filme sueco

E DAÍ?
Dez coisas que você não devia fazer. Mas, quando faz, se diverte
• Beber até constranger os amigos
• Dormir até depois do meio-dia
• Comprar a crédito
• Fazer sexo com um ex
• Jogar
• Comer o que engorda
• Ligar para o trabalho e dizer que está doente
• Ficar acordado até tarde
• Fofocar
• Tramar uma vingança

DESAPEGUE-SE
Dez exemplos de coisas que parecem importantíssimas,mas passam sem deixar vestígio
• Juventude
• Paixão
• Barriga tanquinho
• Emprego
• Problemas
• Importância profissional
• Relacionamentos
• Dívida
• Hemorróidas
• A vida

Convencido??

Se não, me ligue, vamos tomar um chopp. Um não, váááários!

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Sincera e Serena Idade

Duas coisas são certamente minhas resoluções de ano novo: sinceridade e serenidade.

Sinceridade porque fico pensando o quanto acabamos sendo falsos com o que nos cerca. A necessidade de ser educado, simpático acaba com qualquer sinceridade. Sei que não devemos falar TUDO que pensamos, mas para tudo há limite.
Em 2008 vou tentar praticar melhor minha sinceridade. Principalmente com amigas que nos perguntam se estão gordas. Como amigas devemos responder: Sinto muito, amiga, mas você está sim. Seria muito válido se você fizesse um regiminho. Ou quando perguntam se aquela roupa está boa e na verdade está mais parecendo uma galão de 20 litros de água mineral com aquela vestimenta com estampa de vaquinha, para combinar com o resto da cozinha. Gente, se eu saísse assim na rua por conta da falsidade de uma amiga, eu ia eternamente matá-la, se é que isso é possível.
As pessoas que conversam com você cuspindo e o perdigoto cai no seu lábio inferior. Você faz um sutil biquinho, bate aquele nojo e você NÃO se manifesta? Nossa! Eu na mesma hora. Desculpe, amigo, mas não sou obrigada a literalmente engolir esse tipo de coisa, nem ficar parada como um dois de paus, sem saber o que fazer. Isso é comum, qual o problema em se manifestar? Limpar mesmo a testa, a bochecha e principalmente a boca. Vai até um toque para os que não sabem que são verdeiros chuveirinhos de bidê.
Outra coisa que considero extrema falta de sinceridade quando s pessoas falam: Oi, tudo bem? Na verdade, elas não estão querendo saber se realmente está tudo bem com você, mas sim estão apenas sendo educadas. E você educamente responde: tudo e você? Apesar de ter descoberto que seu marido tem outra, seu filho usa drogas e aquela calça que custou 500 reais não serve mais. Chega. Quando eu estiver levantando com o pé esquerdo, vou apenas responder: Não, e você? Mais sincero, impossível.

E a serenidade, bem, a serenidade para me deixar mais tranquila em relação a tudo que me irrita, inclusive a falta de sinceridade das pessoas acima. Talvez eu esteja realmente estressada por conta de 2 anos e meio sem férias de verdade, mas estou treinando serenidade para 2008. O trânsito - tanto de carros, como de pedestres - é um ótimo treino. Porque a minha raiva não vai fazer sequer cosquinhas no alheio. Vai voltar com tudo para mim e não para aquele taxista que me deu uma fechada às 8h da manhã de uma segunda-feira, ou para o motorista de ônibus que não parou no ponto no mesmo horário que o taxista.

Vale a pena. Se queremos mudar o mundo sei que temos que começar mudando nós mesmos. Portanto muita sinceridade e serenidade para nós em 2008 e sempre.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Feliz tudo de novo!!

Feliz ano novo! Que tudo se realize no ano que vai nascer! Muito dinheiro no bolso, saúde para dar e vender!

Feliz tudo de novo!!!

Desculpem-me os amigos que passaram por aqui e não encontraram nada novo. Estava em férias do trabalho, da faculdade e consequentemente de computadores. Não fiz as unhas, não usei maquiagem, enfim, férias são férias!

Voltei ao trabalho de fato ontem e já estou reprogramando meu cérebro para que ele volte a produzir os textos que eu adoro e eu creio que as pessoas leitoras também.

E também (de novo) porque chega de melancolia, o fim de ano foi bem pesado para mim e como escrevi em outra postagem que a tristeza é mais inspiradora, ela também é mais depressiva para quem lê. Assim, recolhi-me apenas à minha insignificância e guardei meus pensamentos suicidas, afinal tenho tudo que preciso, trabalho, saúde, amor e amigos. Rita Lee, eu também quero dinheiro em 2008. Não que me falte, estou vivendo bem, mas preciso viajar, trocar de carro e comprar meu teto.

Assim meus votos para 2008:

Saúde sempre porque sem ela, NADA vale!
Economize água e papel.
Apague a luz.
Use menos sacolas plásticas.
Deixei o carro em casa.
Não deixe lixo na praia.
Seja voluntário.
Mude o mundo, nem que seja um pouquinho.

Eu realmente acredito que pequenas coisas podem fazer diferença.

E VIVA 2008!