segunda-feira, 28 de maio de 2012

Eu quero uma penteadeira

Descobri que é item vital na vida de uma mulher. Romântica, neoclássica ou pós-moderna.

Nossas avós sabiam das coisas, faziam com calma a coisa certa: se cuidar. Sentavam-se confortavelmente e se faziam belas, sem pressa. Afinal é um bem querer consigo própria, uma valorização da autoestima e quem nao precisa de autoestima? Terapia de primeira classe e primeira necessidade.

Uma penteadeira é uma escrivaninha melhorada para, claro, outra finalidade. Tem gavetas, objetos em cima, tudo que precisamos ao alcance das mãos, reunidos. Jóias, bijous, cremes, maquiagem, perfume, escova de cabelo e acessórios. E acessórios. E ainda tem um espelho, ou três, coisa que adoramos!

Entretanto, ainda temos a escrivaninha, mas não temos penteadeira. Conseguimos abrir em casa um espaço para o trabalho. Mas imagina a ousadia de se ter um penteadeira num apartamento pequeno da Zona Sul? Não cabe. Mas cabe mesa de escritório, mesa de computador e outras coisas workahólicas.


Mas precisamos de penteadeiras.


A gente se esforça para ser bela, fazemos coisas doloridas e caras para isso, mas porque queremos tudo rápido. Nos penteamos correndo, saímos colocando brincos e colares e nos maquiamos no carro, ou a caminho do trabalho. Ou no trabalho. E fazemos terapia. E nunca estamos satisfeitas. O padrão de beleza fake invade muitas cabeças. E essa vida louca e corrida invade a nossa beleza. Temos que desacelerar para não enlouquecer. Temos que nos cuidar para não enlouquecer.


Vou comprar uma penteadeira. E ganhar mais tempo comigo.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

O mistério da tatuagem errada

O mistério da tatuagem errada - que não é a da Madonna - começa na aula de espanhol, o piá engraçadão ao lado:

- Legal sua tatuagem. É o RJ, né? Essa estrela aí no meio.

- Não, que eu saiba, mas sim, é o Cruzeiro do Sul, porque eu sou do Sul.

- Legal! Mas é sim, na Bandeira do Brasil é o RJ. Muito legal. Só que tá ao contrário, né.

E se vira calmamente para a professora.

Minha cabeça ferveu. Naquele momento de uma segunda-feira, às 20h, pensando en español, paniquei e minha mente escureceu quanto à lembrança da posição de tal constelação no céu, em relação à minha própria cabeça. E eu pensei 'droga, o espelho me enganou esse tempo todo, não é possível!'.

Cheguei em casa esbaforida e já pensando no laser para trocar a estrela de lugar. Mas antes, a internet, google it, eu fui lá e googuei o Cruzeiro do Sul. Apareceram as duas maneiras, da estrela intrometida se intrometendo dos lados direito e esquerdo. E a da bandeira do Brasil, o que poderia ser uma boa referência, só que não, estava ao contrário da minha. Como assim? Por que, Minha Nossa Senhora das Tattoos, eu haveria de descobrir só depois que a ordem dos fatores altera sim o produto?

Água com açúcar e umas sete pesquisas depois, com pelo menos duas fontes confiáveis, descobri que o meu CS está na posição que eu o vejo daqui da superfície terrestre, e então tá tudo certo. Por outro lado, ele aparece virado na Bandeira do Brasil porque foi feita com base no Planisfério Celeste, do astrônomo brasileiro Pereira Reis, que mostra como se a gente estivesse olhando de fora da esfera celeste, lá do outro lado do céu! Simples.

Eu o tatuei porque sou do Sul, vim para o Rio e como eu sempre gostei da constelação, desde criança, achei uma boa forma de sempre me lembrar do caminho casa. É só segui-lo. Além de cada estrela representar um membro da minha família. Já o piá da aula de espanhol se baseou na bandeira, onde ele representa os estados da BA, SP e MG em relação ao RJ, mas a referida estrela menor, no caso, é o ES.

Enfim... No Facebook ninguém lê explicações muito longas.  A gente é muito imediatista e às vezes demora um pouco mais que 140 caracteres para contemplar os mistérios do Universo. Ou das histórias da vida.

terça-feira, 24 de abril de 2012

'Music and me'

O tempo voa cada vez mais. O show do Morrissey, leia-se a inspiração para este post, foi em 09 de março. Na ocasião havia retomado contato pelo Facebook com um amigo lá dos idos de 1990, a quem eu devo agradecer pela influência (positiva) musical. 

Quando crianças, já gostamos de música. É divertido ouvir, cantar, e claro, dançar. Balão Mágico está lá na minha lista de primeiras audições, junto com Elis Regina e Renato e seus Blue Caps. 'Conheci um capeta em forma de guri' muito antes do tal do Mallandro se fazer com essa música! E lembro que com sete anos, desarrumava (isso mesmo) o meu cabelo e fazia cover da Gal, com Festa do Interior, para o deleite de meus pais corujas. Michael Jackson nem se fala, é aus concours. Depois veio Menudo, claro e outras boy bands, inclusive nacional, lembram de Dominó? Ruim, claro, mas não dá para negar que era divertido. Terminei essa fase com New Kids on the Block e, já aparecendo meu lado rock, eu era fã do Donnie, o mais rebelde de todos. Dessa época me restou o Ricky Martin, que com seu som dance latino, alegra qualquer pista! Eu adoro e fui no show do ano passado!

Um pouco antes ainda de aflorar minha personalidade musical real, na pré-adolescência, veio também a influência de amigos e supostos amores. Foi quando resolvi me apaixonar por um garoto do interior que adorava Leandro e Leonardo. Depois que ele terminou comigo, eu ouvia Entre Tapas e Beijos e chorava copiosamente. Ui. Hoje eu gargalho de alegria pelo fim do namoro e das influências negativas. 

(Em tempo, este blog é meu e eu dou a opinião que eu quiser.)

Depois conheci outro grande amigo e ele era classic rock'n roll. Multi-instrumentista, atuava como vocal e baixo de uma banda, era fã incondicional do Paul e me ensinou tudo de Beatles, me contou fatos interessantes, me mostrou as composições e significados. Me apresentou a bandas como Duran Duran, The Police, Simple Minds, Genesis, Van Halen e mesmo Pink Floyd, me explicava acordes e letras que faziam REM bombar, entre outras curiosidades mais do mundo musical. 

Paralelamente, conheci o amigo mencionado no início, que por sua vez me apresentou à nata do rock inglês com The Jesus and Mary Chain, Joy Division, The Smiths. Isso me me levou a Sex Pistols e The Clash sensacionais, passando também por The Cure e Talking Heads, além de outras alternativas americanas ótimas como Pixies. Daqui, Legião Urbana, quem eu já curtia, mas se dando a devida atenção, aprendi mais coisas. Acabei até escrevendo meu artigo de fim de curso de Letras sobre Renato Russo.

Depois também passei mais fundo pela MPB, reggae nights, novamente graças a amigos músicos e minha (in)consequente groupie atittude.

Então, com a cabeça menos influenciável, fui escolhendo e administrando minhas escolhas e o show do Morrissey me remeteu a essas lembranças boas e esses amigos que me influenciaram positivamente. Gosto realmente não se discute, mas há que se perceber e admitir letras e melodias ricas em uma contraposição absurda ao lixo musical dos sucessos atuais. O tiozinho - ele está com 52 anos - arrebentou com suas músicas cheias de viradas, letras incríveis e um show de arrepiar. Puro rock!

Depois disso, imediatamente comprei ingresso para Roger Waters - The Wall Tour. Nunca fui muito de Pink Floyd, mas show bom é show bom e isso também não se discute. E de novo o queixo caiu com a impressionante banda e os efeitos incríveis de uma verdadeira ópera rock. Isso que é música. 

Confesso que com o tempo, parece que a gente fica mais fechado a bandas novas, mas ainda aceito sugestões e as acato quando se percebe pelo menos um valor. O talento de Amy é incontestável e a Flo (Florence + the Machine) me encantou com sua voz de veludo, letras divertidíssimas e melodias lindas!

Agradeço aos meus amigos, responsáveis por me colocar no bom caminho e enquanto houver energia, estarei em todos os shows possíveis, vendo de perto quem sabe de verdade fazer música boa, enquanto assisto à novela das nove com o controle nas mãos, apertando o mute volta e meia.

E não, não esqueci de Madonna. Mas ela é um capítulo à parte, afinal lançou seu 12.° disco arrebentando, só para começar um possível próximo post.



"Only I know wherever I go
We're as close as two friends can be
There have been others
But never two lovers
Like music, music and me."



segunda-feira, 19 de março de 2012

Ser ou não ser...

...mãe?

Eis a questão do momento, a pergunta que não quer calar. Ainda mais agora que acabei de levar uma intimada do médico-gineco-videolaparoscopista-novo:

- Dona Lia, a senhora me desculpe, eu não lhe conheço bem, mas devo advertir-lhe: já passou da hora de sua decisão, para o sim ou para o não, a sua hora é agora. Eu tinha um professor da faculdade que sempre dizia: 'falem para elas engravidarem até os 35. Se não, OBRIGUEM-NAS a engravidarem até os 37'. 

2012... 1975... noves fora zero... 37. Uau.

Confesso que primeiro me assustei ao acatar o súbito conselho dele. Depois relaxei de novo e coloquei na minha cabeça leiga que ainda tenho algum tempo.

Realmente, sempre ouvimos que o organismo chama, que vem à tona o sentimento da maternidade e aquela sensação de alegria ao ver bebês fofinhos. Sempre que eu os via, já os achava fofinhos, claro, porque eles são. Mas não creio que tenha ouvido o chamado ainda. Imediatamente ao pensar nos fofinhos, eu pensava no choro agudo e nas noites sem dormir. Depois em ensinar tudo, depois levar pra escola, material escolar, festinhas chatas de criança, deveres de casa, bullying. E então eu me fechava como uma concha para essa ideia. Meu racional é complicado e me domina. Mas, graças a minha terapeuta sinesiologista, estou aprendendo a dosá-lo com pitadas do meu emocional e colheradas do meu subconsciente. 

E com esse aprendizado, tenho percebido certas mudanças no meu comportamento de um modo geral. Já tenho também várias amigas com filhos lindos, tenho sobrinhos e tal, mas só agora percebo algo e então tenho pensado mais a respeito. Muito mais pelo relógio biológico do que outra coisa.

Filho é para a vida inteira. São do mundo e não nossos. São miniadultos inteligentes e manipuladores. Ninguém é mais obrigado a ter filhos, diferente do que já foi um dia. Ou seja, se eu decidir não ter, não terei também muitos problemas.

Por outro lado, deve ser incrível ver a carinha dele na mistura entre você e a pessoa que você escolheu, e do mesmo modo e amor que eu tinha pela minha mãe, educar, criar e proteger. A sensação mágica da gravidez é experiência única e dizem que a gente fica melhor depois disso. Também deve ser legal escolher o nome e os padrinhos.

Assim, posso concluir que... não sei. 

Mas, pelo menos, eu já tenho a dúvida.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Sim, eu sei o que é impedimento

E sim, estou falando de futebol. 

Minha relação com o futebol existe desde sempre, até volta e meia escrevo aqui sobre isso, que me lembro da 'guerra' entre meu pai e meus tios. Uns eram Colorado, outros Coritiba. E naquele tempo era uma guerra ainda mais acirrada por conta dos apelidos dos dois times. 

Eu escolhi o Colorado junto com pai e alguns primos, muito por pressão de família, afinal eu não entendia nada e naquela época era um time com grandes conquistas. Então, costumo dizer que sou Boca Negra de nascença.  

Aí, problemas financeiros depois, juntou-se com o Pinheiros e se tornou o atual Paraná Clube. Então costumo dizer que sou Paranista por consequência. E mesmo assim continuo sofrendo com meu Paranito nas segundas divisões. Sim, o Paraná está na segunda divisão do Estadual. Mas eu continuo torcendo, não me importa que seja contra o Matsubara ou o Nacional de Rolândia. Torcedor sempre acredita. 

E então eu me casei com um Carioca. Quando cheguei no Rio, não tive dúvidas: Flamengo, claro. É uma festa quando ganha, a cidade fica visivelmente mais feliz e animada. É muito mais que um time, é coisa que eu nunca tinha visto igual, uma verdadeira nação. Portanto, costumo dizer que sou Flamenguista por opção clara, com responsabilidade integral sobre minha escolha. E adoro. 

E, finalmente, concluo que realmente gosto de futebol, porque, apesar de hoje ter acontecido o jogo da Copa do Brasil entre Paraná e Luverdense (!!!), me peguei ansiosa para assistir a Fluminense e Boca Juniors!!

Pode isso, Arnaldo?

quinta-feira, 1 de março de 2012

Depoimento

Eu já o havia visto em filmes e novelas e sempre o achei lindo! Mas o conheci pessoalmente em 1999. Eu estava no Leme, curtindo o visual de Copa. Foi amor à primeira vista e eu prometi a mim mesma que voltaria a vê-lo. 

Em 2001, voltamos a nos encontrar no Carnaval, mas no auge do nosso reencontro mágico, tive que voltar às pressas para Curitiba, porque minha mãe havia falecido. Não obstante, eu sabia que ainda tínhamos muita história para viver. E em 2003 nos encontramos parcialmente em Curitiba, e indiretamente retomamos nossa história de amor.

Finalmente em 2005 nos casamos. Desde então vivemos um vida plena, cheia de amor, alegrias e realizações. Juntos construímos grandes amizades, para a vida toda, eu diria. Temos uma vida saudável e iluminada. Claro, percalços todos têm. Convivemos com tragédias, notícias ruins, corrupção. Mas o amor está acima de tudo e eu costumo dizer que se depender de mim, não me separo dele nunca mais e farei o que puder para sempre deixá-lo melhor.


RIO, EU TE AMO!!!

E sou muito feliz aqui!

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Essa gente bronzeada já mostra seu valor

A gente sempre tem na cabeça que o ano só começa depois do Carnaval, que o brasileiro adora uma folga, se aproveita disso e falam por aí que o carioca, que já tem fama de folgado, mais ainda.

E então eu li uma nota do Ancelmo Góis que falava sobre isso. Dizia primeiro que a média de horas trabalhadas no Brasil é de 40, contra 35 na França e nos EUA, e depois que o verão no Rio de Janeiro, por ser tão movimentado traz muito, mas muito trabalho e com isso, claro, trabalhadores. Isso vale para o país todo.


É bem óbvio mesmo. O Rio, por exemplo, aumenta sua capacidade em mais de 50% (a estimativa foi de mais de 3 milhões de turistas, ainda sem dados oficiais da comprovação, mas acreditem, tinha muita, muita gente aqui!) e há que se atender à demanda. Praia, hotéis e restaurantes lotados, além dos pontos turísticos. O povo aproveita para ganhar seu trocado como pode, mas trabalhando, vendendo, suando a camisa nesse calor desértico. Sem contar o Carnaval, que é uma festa absurdamente grande, onde não há espaço para ócio nem para preguiçosos, tem que ralar muito praquela avenida!


Acho que a fama só faz sentido mesmo porque há muita gente de férias e com isso, muitos assuntos ficam pendentes, aguardando a pessoa responsável voltar. E com a globalização, minha gente, não há como fugir de uma ligação do Canadá em plena terça-feira de Carnaval.

Isso posto, prova que essa história é uma lenda, o problema é que nós mesmos continuamos difundindo essa imagem distorcida de nós mesmos. Mas tudo bem, somos um povo alegre e que adora fazer piada sobre tudo, então tudo bem relaxar um pouco neste período do ano, mas sempre ligados na missão.

Em tempo, a fonte é Cimar Azevedo, gerente de Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE. E os dados demonstram que o carioca registrou, em janeiro, a maior média de horas trabalhadas por semana no país. Foram 40,6 horas, mais que São Paulo, com 40,3.

***

E viva o dia 29 de fevereiro!!

Foto by Clebs.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Mamãe eu quero!


Essa crônica está mais ou menos pronta na minha cabeça desde janeiro. Ou seja, início do ano.
Já estava pensando em retomar meu blog, como forma do desabafo que eu sempre fiz, mas só me liguei depois... Escrever é preciso, é bom, é saudável, é exercício.
Aí, o tema veio de uma amiga de um amigo, que se tornou minha amiga, mas eu só a vejo quando estou com meu amigo e mesmo assim gosto muito dela e nós super nos entrosamos! – então, de repente sua mãe se foi... num fim de semana de janeiro, quando todos estão viajando, inclusive minha amiga, que estava em Floripa, cidade incrível, mini-Rio, curtindo. Voltou com a má notícia, horas de voo e agonia.
E é claro que eu pensei na minha mãe.  Que se foi no Carnaval, quando todos estão viajando e eu estava no Rio, cidade incrível, mega-Floripa, curtindo. Voltei com a má notícia, horas de voo e agonia. E aí é natural que a dorzinha persistente se manifeste. E eu penso: acho q é a pior perda que existe. Tentei confortar minha amiga como pude, com algumas coisas que eu penso dentro minha rotina, há 11 anos hoje.
Porque mãe a gente só tem uma mesmo. Ela te enche de amor e carinho e o saco de tanto amor e carinho. A gente nunca entende, ou se entende mesmo assim diz: ai, mãe, para, me larga! Ai mãe para, não precisa se preocupar! Ai mãe tá exagerando!
Mas quando o bicho pega, mermão, ela é sempre do seu lado. Por maior a merda que você já tenha feito!
Aí me recupero e no início de fevereiro... a notícia da mãezinha de duas amigonas minha de Curita que teve uma espécie de AVC e em dias se vai... Doa um pouco de sua vida para outras pessoas e isso é uma coisa que conforta. Mas é tristeeeeeee! Porque mãe é mãe. E choro de novo.  E sinto tudo de novo. Amo muito as minhas amigas e quero que elas fiquem bem! Gostaria de dizer também tudo que penso a elas, mas palavras são efêmeras, o tempo também se encarrega disso e elas vão entender. Mas só com o tempo, que cura tudo, até a pior dor.
Mas por que a gente é fraca em relação à morte? Porque... não sei.
Vem o Carnaval, suas cores, magias e alegrias! O Carnaval pode ser tudo, mas é alegre e isso é indiscutível. Minha mãe também me ensinou isso. Encontrar personagens nas ruas, indo e vindo em fantasias incríveis e bem boladas, tais quais as velhinhas faceiras no metrô de tubinho preto e véu no rosto eram “as viúvas do Wando”! Demais! Outro carinha no ônibus, de bailarina e indo sozinho, bem sério encontrar o restante do ”seu grupo de dança” no bloco ali da Lapa.
Os blocos foram divertidos, encontramos amigos, aproveitamos!
E na terça de Carnaval foi o enterro da vovó do marido, mãe da minha sogra querida e da tia que é um anjo para nós – e ambas me tratam como filha. Ela estava doente e de cama há muitos anos, então descansou, é fato. Porém ainda assim dói muito porque é a mamãe que se vai.  
E de novo, lembrei da minha mãezinha que também se foi no Carnaval, talvez por terem sido tão alegres, se foram em ritmo de folia...
E aí, após 11 anos de “experiência”, quero dizer a todas essas minhas amigas amadas com algum saber (algum!), que depois que passa a tristeza mor, a gente vai descobrindo coisas incríveis. Descobre que aquela força, que a gente achava que só elas tinham, está logo ali, dentro da gente; a nossa voz é prova disso, que em uma frase tal sai I-GUAL à dela; um gesto, quando alguém te olha e diz ‘nossa, você fez igualzinho a sua mãe’; um ditado que ela dizia e você repete sem querer e claro várias, várias atitudes. Assim que a gente descobre que elas nunca morrem, mas estarão sempre vivas dentro de nós, em tudo que nos ensinaram e certamente aprendemos, porque somos todas guerreiras e lindas, tais quais nossas mãezinhas queridas!