Depois de muita festa... mais festa! Hoje fui almoçar num restaurante maravilhoso, AINDA em comemoração do meu aniversário. Fiquei refletindo sobre essa história de engordar, claro, porque eu comi e bebi em setembro que nem gente grande... papo vai papo vem, tomando um chá verde à tarde (para disfarçar), fiquei refletindo nas causas que estão fazendo o brasileiro engordar.
Desde muito cedo as crianças já estão sendo cobradas por comer muito, muitas besteiras e têm que se preocupar com o peso. Claro, como as crianças são seres inocentes, culpem-se os adultos. Afinal, além de não serem responsáveis por seu próprio alimento, o ser pequeno ainda tem que conviver diariamente com palavras e expressões que dão aquela fome.
Começa pela primeira poesia que se aprende: “Batatinha quando nasce, esparrama pelo chão...”. Depois um pouco mais velhas já começam a mudar a semântica das frutas: pera, uva, maçã ou salada mista? Aqui também não se sabe qual fome está sendo encoberta.
O tempo todo as expressões gastronômicas se manifestam. No futebol são os pobres goleiros que levam frangos para casa. Sem contar os juízes que viajam na maionese e marcam ou deixam de marcar pênaltis. A nossa seleção, por exemplo, na Copa América jogou um futebolzinho feijão com arroz. Ninguém fez nada demais. Pelo menos tiraram os mais velhos, que não dão mais nem um caldo. No fim tiraram a barriga da miséria achocolatando a Argentina. Ótimo!
Na praia também, o cara está feliz da vida, vendo passar um monte de mulher, Ipanema posto 9, só filé. E ele ali só apreciando o cardápio. Descuidou do sol é batata, vai virar um camarão. Hoje em dia só um pamonha mesmo pra não usar protetor solar. Ficar ali de bobeira é sopa. Osso duro de roer é ter que trabalhar, estudar e sobreviver, sem pisar no tomate. Encher-se de cultura, alimentar a alma para não ficar falando abobrinha quando a oportunidade aparece. Ninguém quer ficar com uma batata quente nas mãos, ou descascar um abacaxi.
Ainda perguntam porque o brasileiro está engordando. Dizem que é de pequenino que se torce o pepino. Mas num país onde o maior feito do governo foi o programa “Fome Zero” e um político carne de pescoço fez greve de fome, as crianças só podem ficar de laranja mesmo nesta história toda.
Desde muito cedo as crianças já estão sendo cobradas por comer muito, muitas besteiras e têm que se preocupar com o peso. Claro, como as crianças são seres inocentes, culpem-se os adultos. Afinal, além de não serem responsáveis por seu próprio alimento, o ser pequeno ainda tem que conviver diariamente com palavras e expressões que dão aquela fome.
Começa pela primeira poesia que se aprende: “Batatinha quando nasce, esparrama pelo chão...”. Depois um pouco mais velhas já começam a mudar a semântica das frutas: pera, uva, maçã ou salada mista? Aqui também não se sabe qual fome está sendo encoberta.
O tempo todo as expressões gastronômicas se manifestam. No futebol são os pobres goleiros que levam frangos para casa. Sem contar os juízes que viajam na maionese e marcam ou deixam de marcar pênaltis. A nossa seleção, por exemplo, na Copa América jogou um futebolzinho feijão com arroz. Ninguém fez nada demais. Pelo menos tiraram os mais velhos, que não dão mais nem um caldo. No fim tiraram a barriga da miséria achocolatando a Argentina. Ótimo!
Na praia também, o cara está feliz da vida, vendo passar um monte de mulher, Ipanema posto 9, só filé. E ele ali só apreciando o cardápio. Descuidou do sol é batata, vai virar um camarão. Hoje em dia só um pamonha mesmo pra não usar protetor solar. Ficar ali de bobeira é sopa. Osso duro de roer é ter que trabalhar, estudar e sobreviver, sem pisar no tomate. Encher-se de cultura, alimentar a alma para não ficar falando abobrinha quando a oportunidade aparece. Ninguém quer ficar com uma batata quente nas mãos, ou descascar um abacaxi.
Ainda perguntam porque o brasileiro está engordando. Dizem que é de pequenino que se torce o pepino. Mas num país onde o maior feito do governo foi o programa “Fome Zero” e um político carne de pescoço fez greve de fome, as crianças só podem ficar de laranja mesmo nesta história toda.
Agora, indigesto mesmo é o senado - indigesto, amargo, duro de engolir - a que nem quero me referir para não dar enjôo em ninguém depois de falar tanto em comida. Também porque tudo lá acaba em pizza. (Obrigada, Angel!)
Enfim, não é sempre que se quer ouvir uma canja do seu cantor preferido, ou amar uma suculenta mulher, mas todos os dias é preciso comer. Talvez seja por isso. A fome é o único desejo reincidente. Todos os outros acabam ou dependem de estímulos. A fome não, ela é saciada e logo depois volta. Então o mais correto seria fazer uma dieta de vocabulário e recorrer à norma culta para se expressar.
Enfim, não é sempre que se quer ouvir uma canja do seu cantor preferido, ou amar uma suculenta mulher, mas todos os dias é preciso comer. Talvez seja por isso. A fome é o único desejo reincidente. Todos os outros acabam ou dependem de estímulos. A fome não, ela é saciada e logo depois volta. Então o mais correto seria fazer uma dieta de vocabulário e recorrer à norma culta para se expressar.
Para não engordar parar de falar.
E de comer.
E pirar na batatinha.