quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Hilary X Obama

Não, esse não é mais um texto sobre política propriamente dita. Quero escrever sobre uma coisa que me chamou atenção ultimamente sobre os Estados Unidos. País rico, que apesar da recessão ainda vai demorar muito para ficar pobre. Americanos soberbos e americanas peitudas em todos os sentidos. Eles acham que sabem tudo, que podem tudo e de repente o fato de haver uma MULHER disputando um possível cargo de PRESIDENTE DO MUNDO com um NEGRO é algo que precisa ser comentado.
De um lado Barak Obama, de origem queniana, sendo alvo de mídia bem na época em que o país de seus antepassados sofre a pior crise já vista. A América toda é composta por muitos negros, isso é fato. Os brancos mesmos que os trouxeram. Esse negócio de raça pura é coisa de nazista ou ignorante. E concordo que o simples fato de haver comentários em torno de cor de pele pode soar como preconceito. Como o próprio Obama se descreve, não há nada sobre cor. Ele apenas se afirma um homem digno e honesto, sem fazer nenhuma observação ao fato de ser negro. Li críticas sobre isso, dizendo que ele está negando suas origens ou coisa parecida, mas eu o apoio (a vida dele nunca mais vai ser a mesma depois disso....). Se não há diferença nenhuma entre cores de pele, então para que o fato deve ser lembrado?
Do outro, Hilary, a primeira dama mais posuda que já houve na face da terra. Quase deixa Danusa Leão e Gioconda Barreto no chinelo. O marido, então presidente, não resistiu ao ball cat da secretária e a primeira dama superou a crise, aprendeu pole dance, apoiou o marido e está aí, quase presidenta. Mas também, se não há diferença entre os sexos, para que comentar?
Porque os Estados Unidos são um dos países mais racistas e machistas do mundo e agora, além de uma crise eminente, estão tendo que encarar o fato de que seu próximo presidente tem grandes chances de ultrapassar barreiras e preconceitos, provando que eles, talvez, lá no fundo, bem no fundo, ainda tenham a distinção do que de fato é certo e errado. E isso sim é um grande desenvolvimento para um país que se acha o mais desenvolvido do mundo.
Acorda, América, e quem sabe o próximo passo não seja eles aprenderem geografia global. Torçamos. Ou não, afinal temos muito mais petróleo do que eles e nosso preconceito já ficou para trás há duas eleições presidenciais.

Um comentário:

Anônimo disse...

Concordo em gênero, número, grau e raça...