segunda-feira, 19 de março de 2012

Ser ou não ser...

...mãe?

Eis a questão do momento, a pergunta que não quer calar. Ainda mais agora que acabei de levar uma intimada do médico-gineco-videolaparoscopista-novo:

- Dona Lia, a senhora me desculpe, eu não lhe conheço bem, mas devo advertir-lhe: já passou da hora de sua decisão, para o sim ou para o não, a sua hora é agora. Eu tinha um professor da faculdade que sempre dizia: 'falem para elas engravidarem até os 35. Se não, OBRIGUEM-NAS a engravidarem até os 37'. 

2012... 1975... noves fora zero... 37. Uau.

Confesso que primeiro me assustei ao acatar o súbito conselho dele. Depois relaxei de novo e coloquei na minha cabeça leiga que ainda tenho algum tempo.

Realmente, sempre ouvimos que o organismo chama, que vem à tona o sentimento da maternidade e aquela sensação de alegria ao ver bebês fofinhos. Sempre que eu os via, já os achava fofinhos, claro, porque eles são. Mas não creio que tenha ouvido o chamado ainda. Imediatamente ao pensar nos fofinhos, eu pensava no choro agudo e nas noites sem dormir. Depois em ensinar tudo, depois levar pra escola, material escolar, festinhas chatas de criança, deveres de casa, bullying. E então eu me fechava como uma concha para essa ideia. Meu racional é complicado e me domina. Mas, graças a minha terapeuta sinesiologista, estou aprendendo a dosá-lo com pitadas do meu emocional e colheradas do meu subconsciente. 

E com esse aprendizado, tenho percebido certas mudanças no meu comportamento de um modo geral. Já tenho também várias amigas com filhos lindos, tenho sobrinhos e tal, mas só agora percebo algo e então tenho pensado mais a respeito. Muito mais pelo relógio biológico do que outra coisa.

Filho é para a vida inteira. São do mundo e não nossos. São miniadultos inteligentes e manipuladores. Ninguém é mais obrigado a ter filhos, diferente do que já foi um dia. Ou seja, se eu decidir não ter, não terei também muitos problemas.

Por outro lado, deve ser incrível ver a carinha dele na mistura entre você e a pessoa que você escolheu, e do mesmo modo e amor que eu tinha pela minha mãe, educar, criar e proteger. A sensação mágica da gravidez é experiência única e dizem que a gente fica melhor depois disso. Também deve ser legal escolher o nome e os padrinhos.

Assim, posso concluir que... não sei. 

Mas, pelo menos, eu já tenho a dúvida.

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